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'Ordem para ações contra PMs vem de presídios'

Afirmação é do promotor Aroldo Costa Filho, que vê gravidade nos registros

Promotor diz que não há excesso da PM nas ações, mas comissão da OAB fala que polícia está despreparada

GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

A Promotoria Criminal de Ribeirão Preto recebeu informações de que as determinações de atentados contra policiais militares partiram de dentro de presídios.

"Há vários indicativos, além de policiais que fazem esse comentário", afirmou o promotor criminal da cidade Aroldo Costa Filho.

Segundo ele, diferentemente das ações de 2002, quando a Promotoria apontou a existência de um grupo de extermínio formado por policiais, a cidade vive um confronto direto entre a polícia e os criminosos.

O Gaeco, grupo da Promotoria de combate ao crime organizado, está acompanhando os casos. O clima de tensão se intensificou no último domingo, quando o capitão Paulo Sérgio Fabbris foi baleado nas pernas.

Ontem pela manhã, um sargento foi alvo de atentado, mas não se feriu.

Desde domingo, quatro pessoas foram mortas -três delas em confronto direto com policias militares.

"Não há indicativo de excesso por parte da polícia", afirmou o promotor.

Segundo o especialista em segurança pública e coronel da reserva José Vicente da Silva, os policiais são treinados para atirar pelo menos duas vezes no peito do suspeito numa reação ostensiva.

Para Vanderley Caixe Filho, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Ribeirão, a Polícia Militar local está "desesperada". "Eles estão desnorteados e revidando. É isso o que está acontecendo: um desequilíbrio injusto."

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