Gasparini pede voto na TV para Nogueira pela primeira vez

O deputado estadual e ex-prefeito de Ribeirão Preto, Welson Gasparini, (PSDB) apareceu pela primeira vez na propaganda eleitoral gratuita do tucano Antonio Duarte Nogueira Junior.

No programa exibido na tarde de ontem, Gasparini -à frente da prefeitura por quatro mandatos (1964-69, 1973-77, 1989-92 e 2005-08)- pediu votos a Nogueira e falou sobre a confiança que deposita no candidato.

No primeiro turno, o deputado concentrou sua imagem na TV para a campanha do filho Maurício Gasparini, eleito vereador pela primeira vez, também pelo PSDB.

Gasparini era um dos nomes cotados para disputar a prefeitura no lugar de Nogueira -o outro era o da vereadora Silvana Resende.

CACIQUES NACIONAIS

A campanha de Nogueira já tem usado outros padrinhos nacionais. O principal deles é o governador Geraldo Alckmin, que aparece com frequência nos programas do deputado federal. Os tucanos devem contar ainda com nova visita do senador Aécio Neves a Ribeirão, que esteve na cidade no primeiro turno.

A veiculação do depoimento de Gasparini aconteceu um dia após o programa da prefeita Dárcy Vera (PSD), candidata à reeleição, exibir a presidente Dilma Rousseff (PT) pedindo votos a ela.

A exibição ocorreu mesmo com o PT da cidade dividido entre apoiar ou não Dárcy Vera (PSD) no segundo turno.

Depois da imposição da cúpula nacional, o diretório local do PT aprovou o apoio em reunião realizada na última segunda-feira.

A gravação de Dilma para a campanha da prefeita criou uma saia justa entre os petistas do município, pois a presidente não fez o mesmo para João Gandini, candidato do PT no primeiro turno.

O petista ficou em terceiro lugar na eleição, com 15% dos votos válidos -contra 46% de Dárcy e 30% do tucano- e fez uma campanha bastante crítica à gestão atual.

Além disso, a gravação de Dilma já estava praticamente pronta antes de os petistas locais terem aprovado o apoio a Dárcy, pois a reunião foi à noite e o vídeo foi ao ar no programa das 13h.

O diretório local do PT estava dividido entre três opções. Uma parte defendeu o apoio crítico à prefeita no segundo turno. Outro grupo pregava o "voto no 13" -ou seja, o voto nulo no próximo dia 28. E um terceiro grupo defendia a neutralidade.

"Eu defendi a posição neutra, mas respeitamos o resultado final", afirmou o vereador eleito Beto Cangussu.