Acordo em Franca e Ribeirão Preto deixa as escolas limpas

Diferentemente do que aconteceu no primeiro turno das eleições municipais, as ruas de Ribeirão Preto e Franca amanheceram ontem limpas, sem santinhos, cartazes ou panfletos de candidatos políticos em frente aos colégios eleitorais.

A limpeza em Ribeirão Preto foi possível depois de um acordo entre a Justiça Eleitoral e os dois candidatos -Dárcy Vera (PSD) e Duarte Nogueira (PSDB)-, firmado na semana passada.

No primeiro turno da disputa em Ribeirão Preto e Franca, os papéis jogados no chão -especialmente de campanhas de candidatos a vereador- causaram transtornos para a população nos dois municípios.

Havia material também em pontos de ônibus e em canteiros centrais de avenidas, conforme constatado pela reportagem da Folha. Foram precisos dez dias para limpar toda a sujeira do primeiro turno em Ribeirão.

Já em Franca, os candidatos Alexandre Ferreira (PSDB) e Graciela Ambrósio (PP) assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público Estadual e se comprometeram em não espalhar panfletos nas ruas da cidade ou em frente às seções eleitorais.

A multa em caso de descumprimento era de R$ 10 mil, para cada localidade flagrada com materiais de campanha política.

Presidente da seção eleitoral 78, na escola estadual Capitão José Pinheiro de Lacerda, em Franca, o enfermeiro Paulo César Cândido, 36, afirmou ontem ter sentido a diferença na limpeza no segundo turno da eleição.

"A cidade ficou muito suja [no primeiro turno, no último dia 7], era papel espalhado em vários locais. Neste segundo turno ficou tudo mais limpo e civilizado", disse.

Além da escola Capitão José Pinheiro de Lacerda, a Folha esteve ontem em Franca na escola estadual Torquato Caleiro, na região central da cidade, que também não tinha sujeira.

Em Ribeirão Preto, a reportagem percorreu -e não encontrou lixo eleitoral- nas escolas estaduais Otoniel Mota, Guimarães Junior e Hermínia Gugliano, no Colégio Marista e no Centro Universitário Barão de Mauá.