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Depois de apanhar do marido bêbado, o vício

O álcool e as drogas sempre foram os algozes na vida de Edna, 57, que também é citada nesta reportagem sem seu nome verdadeiro. Apanhava do marido bêbado e, anos depois, do filho caçula, viciado em drogas. O sofrimento a levou a beber.
Edna tinha vergonha de que a vissem bêbada e, por isso, se trancava no quarto para se entregar ao álcool.
O vício já a acompanha há dez anos. "Eu tinha ódio de bebida, porque me lembro do meu ex-marido e do filho."
As vizinhas começaram a lhe oferecer cerveja. Dali, pulou para a cachaça. Chegou a beber por dia duas "curotinhas", que são pequenas garrafas plásticas de pinga.
"Aquilo amortecia a minha dor com o meu filho viciado. Eu era ignorante. Em vez de buscar um médico, procurei refúgio na bebida."
Depois de conseguir que o filho fosse internado para tratamento, ela passou a acompanhá-lo na terapia do Caps-AD. Foi quando a equipe percebeu que Edna também precisava de ajuda, mas a reação no início foi de negar o vício.
Em uma das brigas com o filho, Edna, bêbada, viu o policial dizer à sua filha que ela estava alterada. Também ouviu o neto, em outra ocasião, falar de seu vício. "Foi aí que caiu a ficha."
Hoje ela luta para evitar o primeiro gole. "A duas únicas coisas que quero desse mundo é largar a bebida e o cigarro. [Além disso] Quero ver meu filho curado."

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