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Ribeirão

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Fila para cirurgias não urgentes cresce na região de Ribeirão

Franca tem o maior número de pacientes no aguardo de procedimento, seguida por São Carlos e Araraquara

Secretária da Saúde francana afirma que demanda para remoção de catarata é obstáculo para reduzir a fila

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

A fila de quem aguarda para passar por uma cirurgia eletiva -não urgente- tem crescido em municípios da região de Ribeirão Preto.

Em São Carlos, por exemplo, há cerca de 3.000 pessoas esperando para se submeter a alguma cirurgia eletiva, principalmente nas áreas de otorrinolaringologia e ortopedia. Mas o problema atinge também localidades como Franca e Araraquara.

Um ano atrás, a fila em São Carlos era de aproximadamente 2.200 pessoas.

Para o secretário da Saúde da cidade, Marcus Vinicius Franzin Bizzarro, a dificuldade de zerar a fila por cirurgia eletiva atinge todos os municípios brasileiros. Isso porque, diz ele, o valor repassado para a cirurgia é baixo pelos hospitais e médicos, em razão da defasagem dos valores da tabela SUS (Sistema Único de Saúde), que é o parâmetro utilizado pelo governo federal para pagar pelos procedimentos.

Desde o ano passado, o Ministério da Saúde criou uma portaria específica para custear cirurgias eletivas (leia texto nesta página).

Em Franca, o volume atual de pacientes é ainda maior: 9.300 pessoas aguardam pelo procedimento. A maioria (cerca de mil) espera para remoção de catarata.

Na opinião da secretária da Saúde, Rosane Gomes, a grande demanda por esse tipo de procedimento é um dos maiores obstáculos para conseguir diminuir e mesmo zerar as filas. Por dia, a secretaria recebe cerca de 30 pedidos para cirurgias do gênero.

"Nosso contrato é de 350 cirurgias [eletivas] mensais. Não conseguimos dar vazão [às cirurgias] na mesma velocidade", disse.

Um novo repasse, de R$ 971 mil, para custear cerca de mil cirurgias, diz a pasta, ajudará a reduzir a espera pelo procedimento em Franca.

Já em Araraquara, há 1.266 pessoas na lista para cirurgia eletiva, incluindo as cerca de 500 só de catarata, que já estão sendo atendidas por um mutirão para zerar a fila. A prefeitura não informou, contudo, quantos dos 500 pacientes já foram operados.

Em nota, a prefeitura disse que, além do mutirão para operações de catarata, há outros 369 pacientes em espera para neurocirurgias, 174 para ortopedias e 223 para cirurgias gerais.

SEM RESPOSTA

A Prefeitura de Ribeirão Preto foi a única entre as quatro localidades mais populosas da região que não forneceu o volume de pacientes na fila para cirurgias eletivas, ao longo de duas semanas de reiterados pedidos.

A Folha tentou, desde o último dia 9, obter os dados. Mas, em nota, a assessoria da prefeitura disse que "está levantando os números" e sugeriu que o Estado fornecesse os dados à reportagem. O governo estadual não respondeu o pedido anteontem.


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