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Polícia apura envolvimento de Dárcy em suposta fraude

Suspeita de estelionato diz que entregava dinheiro a mensageiro da prefeita

Dárcy nega acusação, diz que nunca falou com a suspeita e que está à disposição da polícia para investigar o caso

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A Polícia Civil de Ribeirão Preto investiga se a prefeita Dárcy Vera (PSD) está envolvida em um suposto esquema de fraude na distribuição de casas populares a inscritos na Cohab-RP (Companhia Habitacional Regional).
Suspeita de estelionato por "vender" essas casas, Marta Aparecida Mobiglia, 45, afirmou ontem à polícia que entregava dinheiro da comercialização para um mensageiro de Dárcy, que negou a acusação (leia texto ao lado).
Marta é uma das investigadas por prometer, mediante pagamento de até R$ 3.000, ser capaz de "furar" o sorteio das casas do conjunto Paulo Gomes Romeu, construído pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de SP).
A Cohab-RP era responsável por fazer o cadastro das pessoas interessadas.
Segundo a advogada de Marta, Máira Ferreira Teles, sua cliente disse ao delegado responsável pelo caso, Marcelo Velludo, que documentos e todo o dinheiro arrecadado com a fraude eram entregues a um motoqueiro, "um mensageiro" de Dárcy.
"Ela disse que o contato [com a Dárcy] foi por meio da irmã da prefeita [Marli Vera, conhecida como Chaveirinho]", afirmou.
Logo após saber dos detalhes sobre o depoimento da suspeita, ontem à tarde, Dárcy chamou uma entrevista coletiva e negou envolvimento no suposto esquema (leia texto nesta página).
Denúncia
O caso começou a ser investigado há uma semana, quando Marta e uma segunda suspeita, Maria Rosa Lopes Ferreira, 57, foram parar na delegacia após denúncia de membros do Conselho Municipal da Habitação e do jornal "A Cidade".
Elas foram liberadas, mas a polícia começou a apurar se havia participação de funcionários da Cohab.
Além de Marta, o delegado Velludo deve ouvir amanhã a segunda suspeita.
Procurado ontem pela Folha, o delegado Velludo confirmou ter ouvido o depoimento de Marta, mas não quis comentar o conteúdo das declarações da investigada.
"Eu sou o presidente do inquérito e, se esse conteúdo vazou, não foi pelas minhas mãos. O que eu posso dizer é que o depoimento da Marta realmente foi colhido", afirmou sobre o fato de Dárcy já ter sabido das declarações.

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