Trabalho escolar vai parar na Polícia Federal

	Márcia Ribeiro/Folhapress
	Ondina Terezinha Galerane, diretora técnica da Vigilância Sanitária do Estado, em blitz educativa ontem em Ribeirão

A Polícia Federal analisa se abre investigação para apurar o caso da professora que orientou uma aluna de 12 anos da escola estadual Professora Maria Ramos, em São Carlos, a procurar um pedófilo na internet.

Familiares da estudante registraram anteontem um boletim de ocorrência na unidade da PF em Araraquara -São Carlos não possui delegacia do órgão.

O principal motivo para a família procurar a PF, de acordo com o padrasto da garota, é porque a menina tem cidadania americana.

Ela é filha de brasileiros, mas nasceu nos EUA.

A orientação recebida pela estudante fazia parte de uma tarefa escolar para a disciplina dada pela professora, cujo nome não foi revelado nem pela Secretaria de Estado da Educação nem pelo estabelecimento de ensino.

Para o trabalho, que foi solicitado na semana passada, a sala de aula foi dividida em grupos e o tema da estudante era pedofilia.

O pedido para que ela procurasse um pedófilo foi registrado pela professora no caderno da estudante, em forma de um bilhete que foi destinado aos pais.

A Secretaria de Estado da Educação afastou a docente. A Apeoesp (sindicato dos professores) informou que chegou a procurá-la para oferecer auxílio jurídico, mas disse que também não conseguiu localizá-la.

A Polícia Federal informou ontem que ainda não é possível dizer que o caso está sendo investigado pelo órgão, já que não houve abertura de um inquérito.

CONSULADO

Na próxima semana, familiares da garota pretendem ir ao Consulado dos EUA em São Paulo, que também já foi acionado por eles. O motivo também é a cidadania americana da estudante.

Além do afastamento, o Estado ainda informou ter aberto um procedimento para apurar responsabilidades.

A reportagem não conseguiu localizar a professora.