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'Desperdícios' de Dárcy somam R$ 1 mi

Entre os casos estão abrigo provisório para elefanta, aluguel de imóvel fechado e morte de palmeiras-imperiais

Maior valor envolve obras que terão de ser refeitas na avenida Henri Nestlé; prefeitura não comenta o assunto

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Márcia Ribeiro/Folhapress
Palmeiras-imperiais replantadas na rotatória Amin Calil, na região central de Ribeirão
Palmeiras-imperiais replantadas na rotatória Amin Calil, na região central de Ribeirão

Em dois anos e 11 meses de mandato, a prefeita Dárcy Vera (PSD) protagonizou diversas situações controversas no que diz respeito às finanças de Ribeirão Preto, como deficit, trocas na Fazenda e atrasos a fornecedores.

Tudo isso intercalado com diferentes "tropeços" que impactaram no cofre da Prefeitura de Ribeirão e já começam a ser explorados por críticos como mostras de desperdício do dinheiro público.

Levando em conta só os episódios mais polêmicos, o impacto nas finanças do município atingiu perto de R$ 1 milhão desde 2009.

O caso da elefanta que foi aceita pelo governo como uma doação ao zoológico é, talvez, o mais simbólico, apesar de ter suspendido a licitação de cerca de R$ 1,2 milhão para construir uma área adequada para o bicho.

A prefeitura acabou gastando perto de R$ 180 mil só com o aposento provisório.

Dárcy também gastou em pouco mais de um ano cerca de R$ 140 mil com o pagamento de aluguéis de prédio na General Osório, no centro, que foi anunciado para ser o novo camelódromo.

O Shopping Popular não saiu da promessa e, para o período de festas de fim de ano, a prefeitura não sabe o que fazer com os camelôs que ocupam o centro.

Há, ainda, o empurra-empurra de Dárcy com o Estado sobre os estragos causados pelas chuvas nas obras da avenida Henri Nestlé.

Como as galerias pluviais não foram feitas pela prefeitura, a água causou um prejuízo de cerca de R$ 346 mil sobre os trabalhos que já tinham sido realizados, conforme a própria prefeitura.

Dárcy cobra o valor do Estado e diz que a autorização "demorou" a ser comunicada pelo governo estadual.

Já a Artesp (agência de transporte do Estado) diz que a liberação existe desde setembro e que faltou planejamento da prefeitura.

A prefeita também pagou R$ 119 mil para uma consultoria refazer a tabela para a cobrança do IPTU. A administração reconheceu que a medida era necessária, já que a última atualização dos valores ocorreu há uma década, mas, conforme a Folha publicou em 2010, o cálculo político pesou mais.

Dárcy desistiu porque a alta do imposto começaria a vigorar em ano eleitoral. A Câmara também foi resistente à ideia impopular.

Além disso, a retirada de cada palmeira-imperial da avenida Jerônimo Gonçalves custou cerca de R$ 4.800 -30 já morreram, o que significa gasto de R$ 144 mil.

"É preciso saber se esses tropeços não são intencionais", disse o especialista em direito eleitoral Flávio Brito.

A prefeitura não comentou.

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