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Agrishow-2011 depende do "custo Ribeirão"
Serviços como hotelaria, alimentação e transporte -principalmente táxis-, são questionados por grandes expositores
Grandes fabricantes de tratores alegam o alto custo como um dos motivos que podem deixá-los de fora da Agrishow no próximo ano
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Superados os principais gargalos de infraestrutura, o sucesso da próxima Agrishow
(Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) dependerá dos serviços prestados fora dos limites da Fazenda Experimental que abriga o evento.
O chamado "custo Ribeirão"
é a principal reclamação dos
grandes fabricantes de tratores, que podem ficar fora da feira em 2011. A participação das
montadoras, no entanto, ainda
depende de decisão da Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entidade que agrupa as
gigantes do setor.
Na apresentação do balanço
parcial da Agrishow, ontem à
tarde, a prefeita Dárcy Vera
(DEM) disse que começará a
discutir na próxima semana os
preços considerados abusivos,
durante o evento, de serviços
como hotelaria, alimentação e
transporte, sobretudo táxis.
Sindicato de bares e restaurantes, representantes de taxistas e os organizadores da feira
deverão participar da discussão
para baixar os preços cobrados
na época do evento.
Segundo o presidente da
Agrishow, Cesário Ramalho, os
bons resultados alcançados pelos expositores no evento que
terminou ontem devem estimular a participação das grandes fabricantes de tratores no
próximo ano -desde que os
"abusos" sejam corrigidos.
A organização da feira não divulgou dados sobre o volume de
negócios fechados em 2010.
Ramalho, porém, afirmou que a
cifra de R$ 860 milhões projetada no início da feira e a previsão de público de 140 mil pessoas foram atingidas e podem
ser superadas.
Apenas um dos bancos que
participou dos cinco dias de feira -que não teve o nome revelado- emprestou R$ 320 milhões, segundo a organização.
Um balanço completo da edição 2010 da Agrishow será finalizado na próxima semana.
Neste ano, a área dos estandes
da Agrishow teve aumento de
102 mil m2 para 167 mil m2.
Considerando o alargamento
das ruas e avenidas, o terreno
que abriga a feira passou de
240 mil m2 para 360 mil m2.
O maior ganho para os negócios, no entanto, foi a construção do novo acesso para a feira,
a principal reclamação dos expositores nos anos anteriores,
de acordo com o gerente geral
da Agrishow, José Danghesi.
A setorização dos estandes,
com áreas delimitadas para
bancos, fabricantes de tratores,
fabricantes de equipamentos
de irrigação e concessionárias
de automóveis, entre outros
expositores, também deu nova
dinâmica à Agrishow, na avaliação de Danghesi.
O otimismo dos organizadores com a feira recém-terminada é compartilhado com expositores e compradores. No caso
deles, porém, são a superação
da crise econômica e a perspectiva de safra recorde para diversos produtos os motivos para essa confiança.
"Tem que investir para não
ficar para trás", disse o agricultor Luciano Silva Lemos, 57, de
Boa Esperança (MG). Produtor
de café e leite, ele aproveitou a
Agrishow para investir R$ 68
mil na compra de um trator e
uma plantadeira.
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