DA FOLHA RIBEIRÃO

O PMDB de Michel Temer, presidente da Câmara e virtual candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), não deve se tornar oposição, mesmo com uma eventual vitória do tucano José Serra. Essa foi a indicação de Temer, quando questionado pela Folha sobre o futuro do partido, em caso de derrota de Dilma.
Segundo ele, o Brasil caminha para um "presidencialismo de coalizão". "Existe o momento político partidário e o momento político administrativo", disse ele, na Agrishow. Ele afirmou, porém, estar confiante na vitória da petista.
Sobre o papel do PMDB na disputa presidencial, afirmou que o partido deve equilibrar as matizes ideológicas da candidatura governista, aliviando a resistência de setores mais conservadores em relação a Dilma por oferecer um programa de governo menos radical.
Avaliando as parcerias nos Estados, Temer disse que é grande a probabilidade de o PMDB paulista também apoiar Dilma, apesar de o grupo liderado por Orestes Quércia preferir Serra. O mesmo deve ocorrer em Santa Catarina. "Em São Paulo, a candidatura é matéria dividida entre apoio ao PT, ao PSDB e até uma candidatura própria. Mas muitos prefeitos e delegados apoiam a candidatura da Dilma."


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