Ribeirão Preto, Domingo, 01 de Maio de 2011

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USP de Ribeirão faz campanha contra "sumiço" de cones

Para administração da universidade, furto de objeto de sinalização no campus provoca prejuízo no trânsito

Problema é comum nas grandes cidades; em São Paulo, num só domingo, somem de 50 até 70 cones numa ciclovia

DE RIBEIRÃO PRETO

"Cones são equipamentos de sinalização e não decoração", diz a faixa pendurada na primeira rotatória da principal entrada do campus da USP Ribeirão Preto.
O aviso faz parte de uma campanha que a coordenadoria do campus promove, em parceria com a Guarda Universitária, para coibir o "sumiço" dos cones.
Com frequência, os objetos se tornam item de decoração de repúblicas, dentro e fora do campus.
Estudantes ouvidos pela reportagem da Folha afirmam que o furto de cones e placas de sinalização se tornou uma espécie de tradição das repúblicas.
"Encontrei um cone na rua, todo sujo e abandonado. Não sei bem o motivo, mas acabei levando para casa", diz o aluno que pediu à reportagem para ser identificado apenas como Bruno.
O cone "furtado" atualmente enfeita a sala da república onde o garoto mora com outros amigos.
Segundo Bruno, o objeto de sinalização é tão comum em moradias estudantis que quase passa despercebido pelas visitas. "Ninguém dá atenção", diz.
O estudante do 4º ano de economia Douglas Henrique Municelli, 26, que vive na moradia estudantil, considera o furto desse tipo de objeto comum. "A maioria das repúblicas tem, mas aqui na USP é difícil ver [os cones] nos apartamentos."
No campus, os cones são usados principalmente para sinalizar as entradas e saídas. Eventualmente são colocados em buracos, tubulações ou ainda podem servir para sinalizar árvores ou locais perigosos.
A coordenadoria do campus afirma não ter um levantamento a respeito do total de sinalizações que são furtadas no campus.
Em São Paulo, também ocorre o problema. Ao longo dos 30 km da ciclofaixa da capital, entre 50 e 70 cones somem todo domingo.
A intenção da campanha da USP de Ribeirão, de acordo com a administração da universidade, é conscientizar a comunidade do campus que a subtração da sinalização pode causar acidentes.
Ainda segundo a coordenadoria, a iniciativa, que partiu da Guarda Universitária, faz parte de um pacote de atividades relacionadas com segurança no campus.
A coordenadoria não informa resultados da campanha, que começou em fevereiro, mas acredita que o trabalho pode conscientizar alunos novos e veteranos.
A estudante do curso de música Aline Montealvão, 20, acredita que a campanha deve dissuadir alguns alunos novos de "furtos" e mostrar que o campus está de olho nos equipamentos.
(ANA SOUSA)


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