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Em evento, PT "lança" Palocci a governador
Marta, Rui Falcão e Chinaglia defendem o nome do ex-ministro da Fazenda à disputa em São Paulo no próximo ano
Palocci, no entanto, afirma ser candidato a deputado federal, que está "adorando" o mandato e que ainda há muito tempo para decidir
DA FOLHA RIBEIRÃO
As lideranças petistas que se
reuniram em Ribeirão Preto
"ignoraram" prazos e o STF
(Supremo Tribunal Federal)
para lançar, informalmente, o
nome do ex-prefeito de Ribeirão e deputado federal Antonio
Palocci Filho como candidato à
sucessão de José Serra (PSDB)
no governo do Estado.
A reunião da macrorregião
de Ribeirão, reduto de Palocci,
contou com nomes como Arlindo Chinaglia, ex-presidente da
Câmara, o deputado estadual
Rui Falcão, líder da bancada
petista da Assembleia, Marta
Suplicy, ex-prefeita de SP, e
Newton Lima, ex-prefeito de
São Carlos. Todos, direta ou indiretamente, apoiaram o nome
do ex-ministro.
Palocci, no entanto, foi o único que evitou falar em eleição
ao governo do Estado. "Hoje
sou candidato a deputado federal e digo que estou adorando
meu mandato. Temos tempo
para decidir, pois a definição
será apenas em janeiro do ano
que vem", afirmou.
A mais enfática foi Marta,
que chegou a ser cogitada para
a disputa. "Aproveito que estou
na casa dele e digo que estou
apoiando a candidatura do Palocci. Ele foi o melhor ministro
da Fazenda que este país já teve", afirmou a ex-prefeita.
Falcão não citou nomes, mas
também defendeu sua preferência. "Estou convicto que o
próximo governador será um
homem do interior, mas com
vivência em Brasília."
Já o colega de Câmara Chinaglia foi mais comedido. "Ainda
depende do STF, mas pode ser
um consenso assim que sua situação se resolver, o que vai
acontecer", disse.
Palocci será julgado no STF
no caso da violação do sigilo
bancário do caseiro Francenildo Costa. Sobre o adiamento,
Palocci se mostrou tranquilo.
"Uma hora vai acontecer. Não
deve atrapalhar nenhuma definição do partido", afirmou.
Alheio à indefinição para o
governo do Estado, Palocci agiu
diferente em relação à sucessão
presidencial e fez apoio rasgado
à ministra da Casa Civil, Dilma
Rousseff. O evento em Ribeirão
foi acompanhado por cerca de
300 militantes que lotaram o
auditório da Câmara.
A reunião em Ribeirão Preto
aconteceu um dia depois da
aprovação da resolução pelo diretório do PT paulista intitulada "Derrotar PSDB/DEM para
São Paulo Avançar".
O documento mostra a estratégia de pré-campanha e fala,
pela primeira vez, que o PT deve se aproximar do PMDB nas
próximas eleições.
(ROBERTO MADUREIRA)
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