Ribeirão Preto, Segunda-feira, 01 de Junho de 2009

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Em evento, PT "lança" Palocci a governador

Marta, Rui Falcão e Chinaglia defendem o nome do ex-ministro da Fazenda à disputa em São Paulo no próximo ano

Palocci, no entanto, afirma ser candidato a deputado federal, que está "adorando" o mandato e que ainda há muito tempo para decidir

DA FOLHA RIBEIRÃO

As lideranças petistas que se reuniram em Ribeirão Preto "ignoraram" prazos e o STF (Supremo Tribunal Federal) para lançar, informalmente, o nome do ex-prefeito de Ribeirão e deputado federal Antonio Palocci Filho como candidato à sucessão de José Serra (PSDB) no governo do Estado.
A reunião da macrorregião de Ribeirão, reduto de Palocci, contou com nomes como Arlindo Chinaglia, ex-presidente da Câmara, o deputado estadual Rui Falcão, líder da bancada petista da Assembleia, Marta Suplicy, ex-prefeita de SP, e Newton Lima, ex-prefeito de São Carlos. Todos, direta ou indiretamente, apoiaram o nome do ex-ministro.
Palocci, no entanto, foi o único que evitou falar em eleição ao governo do Estado. "Hoje sou candidato a deputado federal e digo que estou adorando meu mandato. Temos tempo para decidir, pois a definição será apenas em janeiro do ano que vem", afirmou.
A mais enfática foi Marta, que chegou a ser cogitada para a disputa. "Aproveito que estou na casa dele e digo que estou apoiando a candidatura do Palocci. Ele foi o melhor ministro da Fazenda que este país já teve", afirmou a ex-prefeita.
Falcão não citou nomes, mas também defendeu sua preferência. "Estou convicto que o próximo governador será um homem do interior, mas com vivência em Brasília."
Já o colega de Câmara Chinaglia foi mais comedido. "Ainda depende do STF, mas pode ser um consenso assim que sua situação se resolver, o que vai acontecer", disse.
Palocci será julgado no STF no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Sobre o adiamento, Palocci se mostrou tranquilo. "Uma hora vai acontecer. Não deve atrapalhar nenhuma definição do partido", afirmou.
Alheio à indefinição para o governo do Estado, Palocci agiu diferente em relação à sucessão presidencial e fez apoio rasgado à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O evento em Ribeirão foi acompanhado por cerca de 300 militantes que lotaram o auditório da Câmara.
A reunião em Ribeirão Preto aconteceu um dia depois da aprovação da resolução pelo diretório do PT paulista intitulada "Derrotar PSDB/DEM para São Paulo Avançar".
O documento mostra a estratégia de pré-campanha e fala, pela primeira vez, que o PT deve se aproximar do PMDB nas próximas eleições.
(ROBERTO MADUREIRA)


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