JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO

Ao menos no papel, Araraquara já tem uma obra do arquiteto Oscar Niemeyer.
Já a construção, que traz nas cúpulas de concreto interligadas por uma passarela de linhas fluídas o traço marcante do arquiteto, tem previsão de começar no dia 5 de julho e terminar em novembro de 2011.
O conjunto arquitetônico, que conta ainda com um prédio anexo, irá abrigar a Universidade de Música e Artes Cênicas Daisaku Ikeda. No local serão atendidos aproximadamente 3.000 alunos.
Servirá como uma alternativa ao conservatório de Tatuí, que atualmente é responsável por absorver a demanda pelo ensino musical no Estado, segundo o presidente do Sindicato dos Músicos de Araraquara e Região, Manoel Clemente Filho.
A entidade é a responsável pela projeto da universidade, que tem custo estimado de R$ 38 milhões.
Somente o serviço pelo escritório de Niemeyer custou R$ 1,336 milhão e foi bancado por empresas cujos nomes Clemente Filho disse preferir não divulgar.
A obra também será paga pelo setor privado, por meio de programas de incentivo fiscal do Estado de São Paulo e da União e doações.
O presidente do sindicato disse que já há recursos para começar as perfurações e terraplanagem do terreno de 30 mil m2, que foi doado pela Prefeitura de Araraquara.
No total, o conjunto da universidade terá área construída de 9.000 m2. No anexo, a previsão é de que haja três pavimentos e que ele seja ocupado por salas de aula.
A cúpula menor, de 40 metros de raio, abrigará a biblioteca, um mezanino e um espaço de convivência.
Na outra cúpula, que tem 60 metros de raio, será montado um teatro.
O arquiteto Jair Valera, que trabalha com Niemeyer, disse que o desenhista de Brasília mostrou entusiasmo pelo projeto assim que o recebeu, principalmente porque a construção se destinará ao universo das artes.


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