Ribeirão Preto, Quarta-feira, 01 de Julho de 2009

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Plano quer informatizar fichas médicas

Objetivo de Secretaria da Saúde de Ribeirão é evitar encaminhamentos malfeitos e prescrições incompreensíveis

Proposta está no Plano Municipal de Saúde do quadriênio 2009-2012; piloto começa na UBS Adão do Carmo na segunda-feira


Edson Silva/Folha Imagem
A auxiliar de enfermagem Lúcia de Paula consulta prontuário no arquivo da Unidade Básica de Saúde Adão do Carmo, em Ribeirão

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Para evitar encaminhamentos malfeitos de pacientes e acabar com prescrições médicas incompreensíveis, a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto planeja informatizar os prontuários médicos de todas as unidades da rede municipal. A proposta consta do Plano Municipal de Saúde elaborado para o quadriênio 2009-2012.
Para viabilizar a proposta, um piloto começa a ser implantado na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Adão do Carmo a partir da próxima segunda. O objetivo é fazer com que médicos e enfermeiros registrem no banco de dados eletrônico da secretaria todo o atendimento aos pacientes.
Segundo Darlene Mestriner, assistente da secretária da Saúde, Carla Palhares, todas as queixas dos pacientes, as solicitações de exames e a prescrição de medicamentos, a famosa "receita médica", vão ser registradas no computador e armazenadas no banco de dados eletrônico da secretaria.
As informações ficarão acessíveis aos profissionais da UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) da Vila Virgínia, que funciona 24 horas e serve como referência para os pacientes do Adão do Carmo.
"Se o paciente precisa de atendimento à noite e já passou por aqui, lá na Vila Virgínia vai ser possível o médico visualizar qual foi a queixa dele e se houve prescrição de medicação", afirmou o gerente da UBS, João Wagner Garcia.
De acordo com Mestriner, não é possível estipular um prazo para que a informatização dos prontuários chegue a todas as unidades da rede antes que seja concluída a fase de testes na Adão do Carmo.
Hoje, quando uma pessoa é consultada na rede municipal, o médico analisa atendimentos anteriores registrados em papel e guardados em pastas que ficam arquivadas. Esse sistema aumenta o risco de perdas e deterioração de documentos.
Além disso, como ainda acontece nos consultórios particulares, as receitas são escritas a mão e muitas vezes a caligrafia dos médicos precisa ser "decifrada" pelos atendentes na farmácia. "Eu não entendo letra de médico, então presto atenção no que eles falam", afirmou Mariluce Junqueira Lacerda, 41, dona de casa e usuária da UBS.
Com a informatização dos prontuários de atendimento, as receitas serão digitadas no computador e entregues ao paciente na forma impressa. Já os prontuários de papel continuarão existindo, mas sua função será de arquivo, conforme exige a legislação federal.
Outra mudança é que, pelo novo sistema informatizado, a maioria dos campos dos prontuários eletrônicos será de preenchimento obrigatório, segundo a chefe do Departamento de Informática da secretaria, Shirlei Maria Daniel.
Isso vai evitar, por exemplo, que médicos deixem de prestar informações básicas sobre os pacientes, como a queixa que eles apresentam nos postos.


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