Ribeirão Preto, Quinta-feira, 01 de Julho de 2010

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Sem pagamento, operários vivem em condições precárias

Trabalhadores, a maioria migrantes do Nordeste, são funcionários de empreiteira

DE RIBEIRÃO PRETO

O Ministério do Trabalho constatou em fiscalização ontem que 15 trabalhadores da construção civil vivem em condições precárias em um alojamento no bairro Ribeirão Verde, em Ribeirão Preto.
A maior parte deles é formada por migrantes vindos do Nordeste. Eles foram contratados pela empreiteira Europa, de Sertãozinho, que prestou serviço para as construtoras Goldfarb e Halna.
Segundo o gerente regional da Subdelegacia do Trabalho de Ribeirão Preto, Paulo Cristino da Silva, deverão apresentar documentos e contratos.
"Estamos apurando para ver de quem é a responsabilidade", afirmou Silva.
Desde a semana passada, de acordo com os trabalhadores, eles estão sem alimentação que era fornecida pela empreiteira. Para matar a fome, comem frutas que encontram na chácara, farinha com açúcar e até mesmo folhas de abacate.
Os trabalhadores disseram que o atraso dos salários se arrasta desde o início do ano. "A gente continuou [a trabalhar] com esperança que fossem acertar, mas chegou uma hora que não dava mais e paramos", disse o servente de pedreiro Luiz Aprigio Faria, 31, de Maceió (AL).
Os trabalhadores estão em uma chácara alugada pela empreiteira e, segundo os pedreiros, até o aluguel está atrasado. No local, eles vivem em condições precárias, com colchões no chão ou sobre tijolos.
O Ministério do Trabalho informou que hoje o caso será levado à Procuradoria Regional do Trabalho.


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