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Sem pagamento, operários vivem em condições precárias
Trabalhadores, a maioria migrantes do Nordeste, são funcionários de empreiteira
DE RIBEIRÃO PRETO
O Ministério do Trabalho
constatou em fiscalização
ontem que 15 trabalhadores
da construção civil vivem em
condições precárias em um
alojamento no bairro Ribeirão Verde, em Ribeirão Preto.
A maior parte deles é formada por migrantes vindos
do Nordeste. Eles foram contratados pela empreiteira Europa, de Sertãozinho, que
prestou serviço para as construtoras Goldfarb e Halna.
Segundo o gerente regional da Subdelegacia do Trabalho de Ribeirão Preto, Paulo Cristino da Silva, deverão
apresentar documentos e
contratos.
"Estamos apurando para
ver de quem é a responsabilidade", afirmou Silva.
Desde a semana passada,
de acordo com os trabalhadores, eles estão sem alimentação que era fornecida pela
empreiteira. Para matar a fome, comem frutas que encontram na chácara, farinha
com açúcar e até mesmo folhas de abacate.
Os trabalhadores disseram
que o atraso dos salários se
arrasta desde o início do ano.
"A gente continuou [a trabalhar] com esperança que fossem acertar, mas chegou
uma hora que não dava mais
e paramos", disse o servente
de pedreiro Luiz Aprigio Faria, 31, de Maceió (AL).
Os trabalhadores estão em
uma chácara alugada pela
empreiteira e, segundo os pedreiros, até o aluguel está
atrasado. No local, eles vivem em condições precárias,
com colchões no chão ou
sobre tijolos.
O Ministério do Trabalho
informou que hoje o caso será levado à Procuradoria Regional do Trabalho.
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