DE RIBEIRÃO PRETO

O eleitorado de Ribeirão Preto e região terá de escolher nas eleições deste ano seus representantes entre candidatos que, na maioria, são homens, já passaram dos 40 anos de idade e tiveram formação universitária.
Isso quer dizer que no cardápio dos que poderão defender o interesse público por quatro anos estão pessoas que, em linhas gerais, têm pouco a ver com a maior parte desse público, ao menos à primeira vista.
Dos 92 candidatos locais a deputado federal e estadual, 77% já passaram dos 40 anos. O grupo dos 50 para cima representa 44% do total. Entre os votantes, predominam as faixas etárias abaixo de 44 anos de idade.
Enquanto as mulheres correspondem a 51% dos eleitores -percentual que cresce ao longo dos anos-, entre os candidatos da região os homens são maioria: 89,2%.
A escolaridade é outro item que não coincide. Diferente da maioria dos eleitores, 65,2% dos postulantes aos cargos concluíram o ensino superior. Só dois concorrentes não finalizaram a educação fundamental.
A ocupação declarada à Justiça Eleitoral é o campo em que há maior diversidade entre os candidatos, sem uma característica mais marcante. Treze se apresentam como políticos profissionais (vereador ou deputado).
Aparecem ainda 12 empresários, 11 advogados, nove professores, quatro médicos, entre outras profissões.
Segundo Gerson Engrácia Garcia, diretor do instituto de pesquisas de opinião Engrácia Garcia, é comum que, devido aos conflitos de geração e até de gênero, os aspirantes aos cargos moldem seus discursos para tentar se aproximar do público médio.
"Eles [os candidatos] acabam tendo de fazer a leitura da sociedade para tentar maior identificação com o eleitorado", disse o diretor da Engrácia, que também faz pesquisas qualitativas.


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