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Dárcy prevê Orçamento de R$ 1,3 bi em 2010
Apesar da alta de 15,4% em relação ao total de 2009, previsão é de rombo de R$ 43 milhões nas contas da administração
Expectativa da prefeitura é arrecadar R$ 100 milhões com a recuperação de valores que teriam sido pagos a mais à CPFL
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
O primeiro Orçamento feito
pela gestão Dárcy Vera (DEM)
aponta que, no próximo ano, a
Prefeitura de Ribeirão Preto terá R$ 1,318 bilhão em receitas,
15,4% a mais que o valor previsto para este ano. Apesar da alta,
a peça indica um deficit de R$
43 milhões para 2010. Fazia
dois anos que a prefeitura não
apontava um resultado negativo no Orçamento.
Para este ano, embora não
houvesse previsão de deficit, a
prefeitura afirma que terminará dezembro com R$ 45 milhões em dívidas. "Essas eram
despesas que não estavam previstas no Orçamento, como a
amortização de dívidas com o
Pasep [Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público]", afirmou Dárcy.
Segundo o secretário da Fazenda, Manoel Saraiva, a expectativa é arrecadar cerca de
R$ 100 milhões com a recuperação de valores pagos a mais à
CPFL Paulista pela prefeitura.
Uma licitação será aberta para
contratar uma consultoria.
O governo também aguarda
decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que valerá para
todo o país, sobre a obrigatoriedade de bancos e financiadoras
pagarem ISS (Imposto Sobre
Serviços) às prefeituras em
operações de leasing.
Assim como ocorreu em anos
anteriores, a Saúde terá a maior
fatia do total de recursos da
prefeitura, R$ 311,52 milhões,
ou 30,61% do Orçamento. Para
este ano, a prefeitura havia reservado 30,33% do total de receitas, o equivalente a R$
253,52 milhões. A Constituição
obriga a gastos de 15%.
Com a Educação, a prefeitura
planeja gastar R$ 212,392 milhões, ou 20,87% do total de recursos. Para 2009, foram previstos R$ 199,9 milhões, ou
23,9% da receita. Constitucionalmente, o gasto com a Educação precisa ser de 25%.
Segundo Dulcinéia Abonísio
Godoi, diretora do Departamento de Despesas e Orçamento da Secretaria da Fazenda, o
índice é atingido se for levada
em consideração a participação
dos gastos com a pasta no total
de recursos próprios do município. A pasta que mais cresceu
foi a de Obras Públicas, de R$
12,838 milhões para R$ 79,258
milhões -o aumento ocorre
em função da obra antienchente, bancada pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Drenagem, que prevê R$ 49 milhões para 2010.
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