Ribeirão Preto, Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2008

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Assistente social "fiscaliza" camelô no centro

Profissional vai se juntar a fiscais da Prefeitura de Ribeirão, guardas civis e policiais militares nas rondas no calçadão

Ambulantes irregulares que precisarem de ajuda vão ser encaminhados para atendimentos nos programas sociais

Silva Junior/Folha Imagem
Vendedores de frutas calçadão de Ribeirão Preto; esse comércio irregular será um dos alvos dos fiscais durante o período do Natal

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A fiscalização dos camelôs no calçadão de Ribeirão Preto vai contar com um reforço de peso a partir de hoje, quando o comércio amplia seu horário de funcionamento devido às festas de fim de ano: assistentes sociais vão se juntar à força-tarefa formada por fiscais, guardas civis e policiais militares para tirar os vendedores irregulares e os pedintes das ruas.
O pedido de ajuda, segundo a Secretaria de Assistência Social e o Departamento de Fiscalização Geral da prefeitura, foi feito pela ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), que, na última sexta-feira, não quis comentar o assunto.
A partir de hoje, os 40 fiscais da prefeitura vão trabalhar em três turnos, até as 22h, no quadrilátero central. O efetivo da Guarda Civil Municipal nessa região, que geralmente é de oito guardas por dia, passará a ser de 40. A PM também vai reforçar a segurança no centro. Os assistentes sociais ficarão de plantão na base da PM da rua Florêncio de Abreu.
"Aquele [vendedor irregular] que for abordado e alegar que está fazendo aquilo em razão da sua situação econômica será encaminhado para nós para que façamos a sua avaliação socioeconômica. Se for constatado que a pessoa tem necessidade de algum tipo de programa da secretaria, será inscrita e passará a receber o benefício", disse o secretário de Assistência Social, Romério Righetti.
De acordo com o secretário, não caberá a sua equipe coibir o comércio ambulante no quadrilátero central, proibido por lei municipal, nem evitar que camelôs com mercadoria apreendida voltem às ruas. "Isso, por lei, nós nem poderíamos fazer", disse.
Segundo José Augusto da Cruz, diretor-interino do Departamento de Fiscalização Geral da prefeitura, os assistentes sociais também vão trabalhar neste Natal para diminuir o número de pessoas que pedem esmolas ou exploram o trabalho de crianças nas ruas. "Muitas dessas pessoas você não vê durante o ano e, quando chega próximo ao Natal, elas aparecem", afirmou Cruz.
Em abril deste ano, quando a ACI-RP divulgou uma pesquisa sobre hábitos de consumo no centro, uma das principais reclamações dos entrevistados foi a presença de pessoas que abordam os consumidores na região, como ciganos (62%, os campeões de "chatice" da lista), oferecedores de empréstimos (48%), mendigos (38%), pessoas drogadas (34%), camelôs (34%) e vendedores de frutas (13%).
Na pesquisa, foram ouvidas 803 mulheres entre os dias 15 e 27 de outubro de 2007 no quadrilátero formado pelas ruas Marcondes Salgado, Jerônimo Gonçalves, Florêncio de Abreu e Duque de Caxias. Dentre as entrevistadas, 695 (87%) disseram comprar com freqüência no centro. Os resultados da pesquisa se referem apenas a essas mulheres que declararam fazer compras no centro.


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