Ribeirão Preto, Domingo, 02 de Janeiro de 2011

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Prefeita afirma que "nunca se fez tanto" em Ribeirão

DE RIBEIRÃO PRETO

Críticas ao governo Dárcy Vera podem vir de toda a cidade, como mostra o texto ao lado, mas a prefeita diz não se abalar com isso e, com um discurso positivista, afirma que "nunca se fez tanto".
Ao fazer um balanço da sua administração e comentar o rombo nos cofres municipais que foi reinaugurado e ampliado em sua gestão, após dois anos (2007 e 2008) de equilíbrio, ela disse: "Mesmo nessa situação, a prefeitura está conseguindo fazer todas as obras e cumprir seus compromissos. E nunca Ribeirão recebeu tanta verba, principalmente do governo federal, como estamos recebendo agora."
Para Dárcy, sua atuação "devolveu" à cidade um lugar de destaque no cenário político nacional. "Ribeirão nunca esteve tão em evidência", afirma.
A prefeita também tem dito que o deficit não decorre apenas de seus gastos e coloca a culpa no ex-prefeito e deputado estadual Welson Gasparini (PSDB).
"O Orçamento que eu peguei [em 2009] não era real. Eu estava calada porque é ruim ficar jogando a culpa nos outros, mas, quando [os tucanos] começaram a dar a opinião sem falar a verdade, comecei a contestá-los."
O experiente Gasparini, claro, nega ter errado no Orçamento que deixou para a sucessora em 2009. Na última semana de 2010, aliás, ele percorreu os jornais da cidade para apresentar documento da tesouraria da prefeitura mostrando que, ao sair do palácio, deixou R$ 120 milhões em caixa.
O discurso oficial para a afirmação de que Dárcy poderia ter evitado o rombo se tivesse controlado gastos é o de que isso não ocorreu por uma "decisão política" da democrata, que preferiu fazer investimentos em obras necessárias. Essa decisão foi defendida também na última semana pelo secretário da Casa Civil, Luchesi Júnior.
A Folha tentou agendar, desde a primeira quinzena de dezembro, uma entrevista para Dárcy comentar as críticas à administração.
A assessoria da prefeita, no entanto, afirmou que ela atenderia a imprensa somente no último dia 20, reservando apenas 15 minutos para cada veículo.
Mesmo avisada de que o tempo seria insuficiente para abordar todos os assuntos, a assessoria insistiu que Dárcy não conversaria com jornalistas fora da coletiva.
No final de 2009, a prefeita também se negou a conversar com a Folha sobre seu desempenho no ano.


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