Ribeirão Preto, Quarta-feira, 02 de Março de 2011

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Queda de renovação de canaviais é alvo de crítica em debate

Conceito de monocultura voltou à tona durante o Cana Invest, que debate o setor sucroenergético em Ribeirão

Dados da Canasat apontam que apenas 5,52% ou 460.970 hectares de cana foram reformados em 2010


VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

As quedas no percentual de reforma e rotação de cultura nos canaviais da região centro-sul do país foram alvo de crítica ontem durante o debate sobre o setor sucroenergético brasileiro no Cana Invest, que termina hoje.
De acordo com dados da Canasat, de monitoramento via satélite da produção de cana-de-açúcar, dos 8,34 milhões de hectares cultivados, apenas 5,52% -ou 460.970 hectares- foram reformados na safra 2010/2011.
Na safra anterior, o percentual foi de 6,01% e, em 2008, de 8,05%. "O setor não pode só pensar em energia e que se dane o resto", disse o pesquisador do IAC (Instituto Agrônomico de Campinas) Denizart Bolonhezi.
Ele afirmou que a empresa que produzir só cana pode se considerar fora do mercado, porque, para ser aceito no mundo, o etanol brasileiro precisa estar associado à produção de alimentos.
O representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) na região de Ribeirão, Sérgio Prado, afirmou que o percentual de renovação caiu por causa dos custos, mas ele diz que as empresas mantêm a política de produção de alimentos.
"Nós produzimos açúcar com a cana, e não só etanol. Além disso, muitas usinas cultivam grãos", disse.


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