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Avião Cessna que esta à venda na Agrishow, por R$ 1,2 milhão; até ontem, a TAM só tinha vendido um monomotor de dois lugares

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

O comércio de aviões particulares na Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) teve o lucro reduzido para 10% do que faturou no ano passado, segundo estimativa das duas empresas que participam do evento em Ribeirão Preto.
Nos cinco primeiros dias da feira, apenas uma aeronave da TAM, no valor de cerca de R$ 245 mil, foi vendida. A Neiva, empresa integrada da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), para aviões agrícolas, computou apenas quatro intenções de compra.
"Nosso objetivo maior na feira é difundir ainda mais a marca, que já domina 75% do mercado. Claro que, se conseguíssemos realizar vendas aqui, seria ótimo, mas este ano ainda não tivemos nenhuma", disse ontem Fábio Carretto, gerente da Neiva.
A empresa anunciou, durante a feira, a previsão de vender 32 aeronaves no ano, o mesmo desempenho de 2008. "É uma visão realista, mas positiva se confirmada."
No estande da TAM, os vendedores comemoravam, ontem, a única venda até então da feira. No ano passado, foram vendidos dois aviões, no valor de R$ 1,2 milhão cada um, sem as taxas.
"Vendemos um avião do mais barato que temos [R$ 245 mil], ainda assim porque é o parente de um cliente nosso do ano passado, que já estava determinado a comprar, mesmo que não fosse aqui", disse o gerente de vendas, Alexandre Dafre.
Nessa edição da feira, até os vendedores ambulantes reclamaram dos "negócios".
"Não vendi minha meta, que era de de 600 picolés, nenhum dia", disse o sorveteiro Sérgio dos Santos, 33.
"A gente abre mão de serviço no centro para poder vir para cá e, se soubesse que seria assim, não teria trocado", afirmou o mototaxista José Aníbal Silva, 26.

Frigoríficos
Os deputados da bancada ruralista da Câmara Federal, que participaram de audiência pública para debater questões do setor ontem na Agrishow, disseram que deve sair na próxima semana o anúncio do governo de redução da alíquota de 4,5% do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para cerca de 800 pequenos e médios frigoríficos.
"É uma medida quase que social, que vem para amenizar a perda de 22 mil postos de trabalho no setor", disse o vice-presidente da bancada, Duarte Nogueira Junior (PSDB).


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