Ribeirão Preto, Domingo, 02 de Maio de 2010

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Feira do Livro quer saída de jovens das praças 15 e Carlos Gomes

Aglomeração de adolescentes é a principal queixa de frequentadores e de expositores do evento

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A organização da Feira do Livro de Ribeirão Preto tentará "retirar" das praças 15 de Novembro e Carlos Gomes, onde o evento acontece, o principal motivo de reclamação de expositores e frequentadores: os adolescentes.
Pela primeira vez, o "público teen" terá um espaço próprio, com programação específica, que vai funcionar nos Estúdios Kaiser de Cinema, localizado na rua Mariana Junqueira, na região central, a cerca de 500 m das praças. Isabel de Farias, presidente da Fundação Feira do Livro, entidade que organiza o evento, admite que o espaço foi concebido para minimizar as queixas sobre os jovens.
"Tentamos minimizar um problema que a gente sabe que é recorrente", disse.
A programação cultural do espaço ainda não foi definida, mas segundo o coordenador dos Estúdios Kaiser de Cinema, Edgar de Castro, a ideia é oferecer durante todos os dias do evento, das 10h às 18h, oficinas culturais, como aulas de dança de rua, grafite e fotografia, sempre estabelecendo ligações com a literatura.
"A ideia não é simplesmente tirar os adolescentes da feira. A gente pensou num projeto para inseri-los culturalmente", afirmou Castro.
Wesley Patrick de Oliveira, gerente da livraria Paraler, uma das principais expositoras do evento, gostou da proposta. Segundo ele, os adolescentes muitas vezes "espantam" os frequentadores dos estandes com apitos e gritaria.
"Eles não circulam, mexem com todo mundo que passa, principalmente com as meninas, e não são nada discretos quando fazem isso", disse.
Neste ano, a Feira do Livro de Ribeirão, que é o principal evento cultural da cidade, acontece entre 10 e 20 de junho. Durante o evento, as escolas públicas geralmente liberam os adolescentes das aulas, mas não promovem atividades que os incentivem a participar do feira. Por causa disso, as duas praças se transformam em pontos de encontro convencionais e os frequentadores e expositores acabam reclamando da "bagunça".
Na feira de 2009, grades foram colocadas nos bancos das praças para evitar que os alunos se reunissem para bater papo. Até anteontem, a fundação não havia definido as estratégias para convencer os jovens a frequentar o espaço. Mas a proposta é divulgar a programação aos adolescentes nas duas praças e nas escolas.


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