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Circuitos de rodeio terão 14 etapas na região
Três circuitos -PBR, Barretos e Crystal- ainda negociam contratos e número pode crescer até setembro
LEONARDO LÉLLIS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Um negócio em que a contabilidade é feita na casa dos milhões de reais, a cada ano projeta crescimento e não conhece
crise. É sob esse panorama que
a partir deste mês os principais
circuitos de rodeio do país
preenchem os calendários de
festas no interior.
Só na região, 14 etapas dos
circuitos PBR, Crystal e Barretos estão confirmadas até setembro, número que deve aumentar. O circuito Crystal, por
exemplo, aguarda o fim das negociações com os organizadores locais para divulgar as etapas de sua nova temporada -a
atual termina no dia 30 de
maio, em Fernandópolis.
Em 2009, a PBR realizou 30
eventos e, segundo o diretor do
circuito, Flávio Junqueira, a
meta para este ano é fazer mais
de 70 -53 já foram contratadas
nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso
do Sul e Paraná. O circuito é
classificatório para o mundial
da categoria, que acontece em
outubro em Las Vegas (EUA).
O CBR (Circuito Barretos de
Rodeio), que tem etapa no Ribeirão Rodeo Music, que termina hoje, mira as regiões Norte e
Nordeste para ampliar etapas e
realizar uma competição entre
Estados para classificar o representante do campeão para o
Barretos International Rodeo.
Esse crescimento acompanha o processo de profissionalização da modalidade, cujo
modelo foi importado dos EUA
e adaptado à vocação festiva do
Brasil. O rodeio americano é
tratado exclusivamente como
um esporte e está longe de
atrair as multidões que frequentam as festas no Brasil -e
que têm as suas bilheterias turbinadas por shows sertanejos.
A profissionalização do rodeio como esporte e negócio no
Brasil pode ser traduzida em
números. Juntos, os três circuitos distribuíram pelo menos
R$ 3 milhões em prêmios no
ano passado. Cada etapa pode
custar aos organizadores até
R$ 300 mil para atender às exigências de cada circuito, que
pedem a contratação de arena,
boiadas, tropas, salva-vidas e
juízes credenciados. A cifra não
inclui o pagamento de artistas e
duplas sertanejas.
Para receber prêmios que variam, em média, de R$ 20 mil a
R$ 40 mil por etapa -e podem
chegar a R$ 450 mil na temporada-, os peões, que têm contrato de exclusividade com cada circuito, dedicam-se integralmente ao esporte. Em alguns lugares são recebidos como celebridades. "No Mato
Grosso, 15 mil pessoas aplaudirem um competidor quando ele
foi chamado", afirmou o presidente do circuito Crystal, José
Uilson Freire.
A bonança dos principais circuitos é relacionada aos resultados do agronegócio brasileiro. "Se o agronegócio está bem,
o esporte do agronegócio acaba
sendo bom para todos. Por isso
não existe esse tipo de crise para o rodeio", disse Marcos
Abud, presidente do CBR.
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