Ribeirão Preto, Domingo, 02 de Maio de 2010

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Circuitos de rodeio terão 14 etapas na região

Três circuitos -PBR, Barretos e Crystal- ainda negociam contratos e número pode crescer até setembro

LEONARDO LÉLLIS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Um negócio em que a contabilidade é feita na casa dos milhões de reais, a cada ano projeta crescimento e não conhece crise. É sob esse panorama que a partir deste mês os principais circuitos de rodeio do país preenchem os calendários de festas no interior.
Só na região, 14 etapas dos circuitos PBR, Crystal e Barretos estão confirmadas até setembro, número que deve aumentar. O circuito Crystal, por exemplo, aguarda o fim das negociações com os organizadores locais para divulgar as etapas de sua nova temporada -a atual termina no dia 30 de maio, em Fernandópolis.
Em 2009, a PBR realizou 30 eventos e, segundo o diretor do circuito, Flávio Junqueira, a meta para este ano é fazer mais de 70 -53 já foram contratadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. O circuito é classificatório para o mundial da categoria, que acontece em outubro em Las Vegas (EUA).
O CBR (Circuito Barretos de Rodeio), que tem etapa no Ribeirão Rodeo Music, que termina hoje, mira as regiões Norte e Nordeste para ampliar etapas e realizar uma competição entre Estados para classificar o representante do campeão para o Barretos International Rodeo.
Esse crescimento acompanha o processo de profissionalização da modalidade, cujo modelo foi importado dos EUA e adaptado à vocação festiva do Brasil. O rodeio americano é tratado exclusivamente como um esporte e está longe de atrair as multidões que frequentam as festas no Brasil -e que têm as suas bilheterias turbinadas por shows sertanejos.
A profissionalização do rodeio como esporte e negócio no Brasil pode ser traduzida em números. Juntos, os três circuitos distribuíram pelo menos R$ 3 milhões em prêmios no ano passado. Cada etapa pode custar aos organizadores até R$ 300 mil para atender às exigências de cada circuito, que pedem a contratação de arena, boiadas, tropas, salva-vidas e juízes credenciados. A cifra não inclui o pagamento de artistas e duplas sertanejas.
Para receber prêmios que variam, em média, de R$ 20 mil a R$ 40 mil por etapa -e podem chegar a R$ 450 mil na temporada-, os peões, que têm contrato de exclusividade com cada circuito, dedicam-se integralmente ao esporte. Em alguns lugares são recebidos como celebridades. "No Mato Grosso, 15 mil pessoas aplaudirem um competidor quando ele foi chamado", afirmou o presidente do circuito Crystal, José Uilson Freire.
A bonança dos principais circuitos é relacionada aos resultados do agronegócio brasileiro. "Se o agronegócio está bem, o esporte do agronegócio acaba sendo bom para todos. Por isso não existe esse tipo de crise para o rodeio", disse Marcos Abud, presidente do CBR.


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