Ribeirão Preto, Domingo, 02 de Julho de 2000


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ELEIÇÕES 2000 2
Pefelista não receberia com certeza voto de 47% dos que o conhecem; tucano tem uma rejeição de 40%
Nogueira e Morandini têm rejeição alta

LUÍS EBLAK
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO

O deputado estadual Antonio Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e o vereador Antônio Carlos Morandini (PFL) têm alta taxa de rejeição junto aos eleitores entre os candidatos que vão disputar a Prefeitura de Ribeirão Preto em outubro.
Segundo pesquisa Datafolha, realizada em 29 de junho, 47% dos eleitores que conhecem Morandini dizem que não votariam nele com certeza (sendo que 24% afirmaram que escolheriam o pefelista com convicção).
Entre os que disseram que conheciam o candidato tucano, 40% afirmaram que não votariam nele certamente, contra 23% que escolheriam Nogueirinha com toda a segurança.
Com margem de erro de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, a pesquisa foi feita no último dia 29. O petebista Welson Gasparini desistiu de ser candidato no dia 28, depois que o Datafolha já havia registrado os questionários no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Por isso, seu nome foi incluído na pesquisa e, assim, Gasparini (ex-prefeito da cidade em três mandatos, 1964-69, 73-79 e 89-93) também teria alta taxa de rejeição, já que, dos que afirmaram que conheciam o petebista, 42% disseram que certamente não o escolheria como candidato.
Nogueirinha e Morandini são, respectivamente, os terceiro e quarto lugares nas pesquisas de intenção de voto estimulada.
O tucano tem variação entre 9% -no cenário que inclui como candidato Dácio Campos (PPS)- e 10% e o pefelista, entre 8% -com Campos- e 9%. Os dois candidatos estão tecnicamente empatados.

Palocci
Já o petista Antônio Palocci Filho (também ex-prefeito entre 1993 e 96) é, segundo o Datafolha, o candidato que tem a menor taxa de rejeição. Dos que o conhecem, 25% afirmaram que não votariam com certeza nele, contra 53% que certamente escolheriam o hoje deputado federal.
Segundo o Datafolha, Palocci lidera a pesquisa de intenção de voto estimulada nos dois cenários. Em ambos, ele atinge 46%, com 30 e 31 pontos percentuais à frente do segundo colocado.
O hoje deputado federal enfrenta maiores rejeições entre os mais escolarizados e os mais ricos. Dos eleitores que têm nível universitário, 33% não escolheriam Palocci de jeito nenhum.
Já entre os que têm renda superior a 20 salários mínimos, o percentual sobe para 36%, de acordo com o Datafolha.
Palocci é conhecido por 95% dos eleitores ouvidos pelo Datafolha. Dos entrevistados, 91% disseram que conheciam Gasparini; 87%, Morandini e 85%, Nogueirinha. Campos (PPS) é conhecido por 54%; José Avelino (PPB), por 24% e Francisco Noronha (PSTU), por 14%.

Público
A exemplo do candidato Antônio Palocci Filho, tanto o tucano como o pefelista enfrentam maiores problemas entre os eleitores mais instruídos e os de renda superior.
Entre os entrevistados com nível universitário, 69% afirmaram que não votariam em Morandini em hipótese alguma. Junto aos mais ricos (que têm renda familiar acima de 20 salários mínimos), a rejeição do pefelista chega a 71%.
Candidato derrotado duas vezes à prefeitura (1976 e 82), quatro mandatos como vereador, além de ter sido o vice-prefeito de Welson Gasparini (73-76), Morandini é mais conhecido junto os eleitores mais velhos.
Com participação na vida política de Ribeirão Preto desde os anos 60, o pefelista é conhecido por 91% dos eleitores com 41 anos ou mais.
Já a taxa de rejeição do deputado estadual do PSDB entre os mais instruídos é de 46% e, entre os mais ricos, de 51%.


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