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STJ manda usina recompor mata nativa
Usina Santo Antônio não poderá plantar cana em área que será reflorestada no futuro
DE RIBEIRÃO PRETO
O STJ (Superior Tribunal
de Justiça) negou recurso especial movido pela Usina
Santo Antônio, de Sertãozinho, e manteve a decisão de
segunda instância que obriga a usina a recompor a mata
nativa da área. A empresa vai
recorrer da decisão.
A usina pertence ao grupo
Balbo, que mantém a linha
de produtos orgânicos Native, voltada a um "sistema autossustentável de produção", segundo seu site.
A sentença obriga a usina
a recompor a mata nativa
ainda que o desmatamento
não tenha sido feito por ela.
O relator, ministro Teori
Albino Zavascki, entendeu
como errado o argumento de
que os 20% mínimos exigidos por lei de reserva legal
deveriam ser calculados sobre a área remanescente.
A lei, entende o ministro,
diz que o percentual se aplica
sobre o total da propriedade.
Zavascki rebateu o argumento, dizendo que, pelo raciocínio da defesa, "as áreas inteiramente devastadas não estariam sujeitas a qualquer
imposição de restauração".
O STJ também proibiu que
a usina explorasse economicamente a área que só seria
recomposta futuramente -é
que a lei exige que a recomposição seja feita à razão de
1/10 a cada três anos.
Segundo o texto, a usina
está "obrigada a deixar de explorar a área que foi demarcada imediatamente, e não,
como parece querer, no prazo de 30 anos."
A usina Santo Antônio informou que não irá se manifestar porque o assunto ainda está na Justiça, mas disse
que recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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