Ribeirão Preto, Domingo, 02 de Novembro de 2008

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Áreas rurais sem agropecuária aumentam 94%

DA FOLHA RIBEIRÃO

Confirmando a tendência de desocupação da zona rural de Ribeirão Preto, dados da Cati revelam o aumento de áreas sem atividades agropecuárias.
De acordo com o levantamento censitário realizado entre 1995 e 1996, propriedades com características rurais somavam 999,9 hectares, 2,1% da área total pesquisada. Pelo censo feito ano passado e este ano, essas áreas agora somam 1.944,3 hectares, um crescimento de 94,45%.
"Existem duas possibilidades. Ou essas áreas estão em descanso porque o agricultor não quer plantar, o que eu acho difícil, ou estão desocupadas esperando autorização para licenciamento imobiliário", disse o engenheiro agrônomo Luís Fernando Zorzenon, assistente agropecuário da Cati.
O censo da Cati não diz em quais regiões de Ribeirão estão as propriedades rurais sem atividade agrícola, mas a maior parte da zona rural está na região sul, a mesma para onde foi expandido o perímetro urbano do município, que determina até onde é permitido construir.
A Secretaria de Planejamento e Gestão Pública não calculou em quanto a área aumentou, mas mapas feitos antes e depois da promulgação da lei complementar de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, em janeiro do ano passado, escancararam o interesse das construtoras nas zonas sul e leste.
As duas regiões são as mais procuradas por empreendedores, segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão Pública. Entre 2005 e 2008, a pasta emitiu 103 diretrizes urbanísticas, das quais 40 ou 41,67% tinham relação com áreas da zona sul e 20 ou 20,83% do total com áreas da zona leste.
As diretrizes indicam que tipo de construção pode ser feita dependendo da região da cidade. Por isso, são consideradas um "termômetro" do interesse imobiliário na cidade.


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