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Áreas rurais sem agropecuária aumentam 94%
DA FOLHA RIBEIRÃO
Confirmando a tendência de
desocupação da zona rural de
Ribeirão Preto, dados da Cati
revelam o aumento de áreas
sem atividades agropecuárias.
De acordo com o levantamento censitário realizado entre 1995 e 1996, propriedades
com características rurais somavam 999,9 hectares, 2,1% da
área total pesquisada. Pelo censo feito ano passado e este ano,
essas áreas agora somam
1.944,3 hectares, um crescimento de 94,45%.
"Existem duas possibilidades. Ou essas áreas estão em
descanso porque o agricultor
não quer plantar, o que eu acho
difícil, ou estão desocupadas
esperando autorização para licenciamento imobiliário", disse o engenheiro agrônomo Luís
Fernando Zorzenon, assistente
agropecuário da Cati.
O censo da Cati não diz em
quais regiões de Ribeirão estão
as propriedades rurais sem atividade agrícola, mas a maior
parte da zona rural está na região sul, a mesma para onde foi
expandido o perímetro urbano
do município, que determina
até onde é permitido construir.
A Secretaria de Planejamento e Gestão Pública não calculou em quanto a área aumentou, mas mapas feitos antes e
depois da promulgação da lei
complementar de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, em
janeiro do ano passado, escancararam o interesse das construtoras nas zonas sul e leste.
As duas regiões são as mais
procuradas por empreendedores, segundo a Secretaria de
Planejamento e Gestão Pública. Entre 2005 e 2008, a pasta
emitiu 103 diretrizes urbanísticas, das quais 40 ou 41,67% tinham relação com áreas da zona sul e 20 ou 20,83% do total
com áreas da zona leste.
As diretrizes indicam que tipo de construção pode ser feita
dependendo da região da cidade. Por isso, são consideradas
um "termômetro" do interesse
imobiliário na cidade.
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