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São Carlos só não leva Agrishow se falhar
Organização diz a políticos de Ribeirão que a feira vai mesmo mudar de sede se São Carlos cumprir as metas até 31 de dezembro
Principal ponto do acordo é a liberação de verba de
R$ 53 milhões do governo federal para a construção da "cidade da bioenergia"
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Ribeirão Preto só deve manter a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola
em Ação) se São Carlos não
conseguir cumprir as metas
pré-acordadas com a Abimaq,
realizadora da tradicional feira
agrícola. Essa é a conclusão de
participantes de uma comitiva
de Ribeirão Preto que ontem se
reuniu com diretores da Abimaq (Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos) em São Paulo.
Numa tensa reunião, de quase quatro horas, os políticos e
membros de entidades de classe da cidade ouviram que, se
São Carlos cumprir o cronograma estabelecido com a entidade, a feira realmente vai mudar
de sede a partir de 2010.
"Foi uma reunião bastante
tumultuada, mas esclarecedora. Deram, infelizmente, a notícia para nós que, se até 31 de dezembro São Carlos cumprir todos os acordos, não há como recuar. Se deixar de cumprir, começam a conversa do zero no
ano que vem", disse a prefeita
eleita Dárcy Vera (DEM).
Além dela, participaram da
reunião o prefeito Welson Gasparini (PSDB), o deputado federal Antônio Duarte Nogueira
Junior (PSDB), o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB), os
vereadores Samuel Zanferdini
(PMDB) e Walter Gomes (PR)
e o presidente da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), José
Carlos Carvalho.
Entre os pontos do cronograma está obter a liberação de
uma verba de R$ 53 milhões do
governo federal para a construção da "cidade da bioenergia",
que teria outros cerca de R$ 30
milhões em investimento da
própria Abimaq e da Prefeitura
de São Carlos.
É esse ponto que mantém a
esperança de Ribeirão. "Os recursos [para as obras] não estão
no Orçamento", disse Nogueira, referindo-se ao Orçamento
da União.
Baleia disse que a Abimaq reconheceu que manter a feira
em Ribeirão seria melhor. "Até
por questão de tradição, conceito e nome, Ribeirão seria
muito melhor. Em São Carlos,
vão começar praticamente do
zero. Tentamos uma ação política que só vai prosperar se São
Carlos não cumprir as etapas."
Carvalho, da ACI-RP, disse
que os órgãos de Ribeirão vão
se unir para ainda tentar reverter o processo.
Procurado, Gasparini não
quis se pronunciar ontem, segundo sua assessoria. A Folha
procurou durante todo o dia a
Abimaq, mas a assessoria informou não ter localizado o
presidente da entidade.
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