Ribeirão Preto, Terça-feira, 02 de Dezembro de 2008

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São Carlos só não leva Agrishow se falhar

Organização diz a políticos de Ribeirão que a feira vai mesmo mudar de sede se São Carlos cumprir as metas até 31 de dezembro

Principal ponto do acordo é a liberação de verba de R$ 53 milhões do governo federal para a construção da "cidade da bioenergia"


MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Ribeirão Preto só deve manter a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) se São Carlos não conseguir cumprir as metas pré-acordadas com a Abimaq, realizadora da tradicional feira agrícola. Essa é a conclusão de participantes de uma comitiva de Ribeirão Preto que ontem se reuniu com diretores da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) em São Paulo.
Numa tensa reunião, de quase quatro horas, os políticos e membros de entidades de classe da cidade ouviram que, se São Carlos cumprir o cronograma estabelecido com a entidade, a feira realmente vai mudar de sede a partir de 2010.
"Foi uma reunião bastante tumultuada, mas esclarecedora. Deram, infelizmente, a notícia para nós que, se até 31 de dezembro São Carlos cumprir todos os acordos, não há como recuar. Se deixar de cumprir, começam a conversa do zero no ano que vem", disse a prefeita eleita Dárcy Vera (DEM).
Além dela, participaram da reunião o prefeito Welson Gasparini (PSDB), o deputado federal Antônio Duarte Nogueira Junior (PSDB), o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB), os vereadores Samuel Zanferdini (PMDB) e Walter Gomes (PR) e o presidente da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), José Carlos Carvalho.
Entre os pontos do cronograma está obter a liberação de uma verba de R$ 53 milhões do governo federal para a construção da "cidade da bioenergia", que teria outros cerca de R$ 30 milhões em investimento da própria Abimaq e da Prefeitura de São Carlos.
É esse ponto que mantém a esperança de Ribeirão. "Os recursos [para as obras] não estão no Orçamento", disse Nogueira, referindo-se ao Orçamento da União.
Baleia disse que a Abimaq reconheceu que manter a feira em Ribeirão seria melhor. "Até por questão de tradição, conceito e nome, Ribeirão seria muito melhor. Em São Carlos, vão começar praticamente do zero. Tentamos uma ação política que só vai prosperar se São Carlos não cumprir as etapas."
Carvalho, da ACI-RP, disse que os órgãos de Ribeirão vão se unir para ainda tentar reverter o processo.
Procurado, Gasparini não quis se pronunciar ontem, segundo sua assessoria. A Folha procurou durante todo o dia a Abimaq, mas a assessoria informou não ter localizado o presidente da entidade.


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