|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mensalidade sobe até 30% nas escolas
Sindicato afirma que a média ficou entre 5% e 8%, mas escolas têm liberdade para calcular o reajuste
DA FOLHA RIBEIRÃO
O valor das mensalidades escolares será até 30% maior nas
escolas particulares de Ribeirão em 2010, superando, de
longe, a inflação do período, de
4,5%. O Sieeesp (Sindicato dos
Estabelecimentos de Ensino do
Estado de São Paulo) afirma
que a média foi de 5% a 8%.
"Quase morri do coração.
Não tenho do que reclamar do
ensino, que é excelente. Mas
acho abusivo o aumento e não
sei se vou mantê-lo [o filho] na
escola no próximo ano. Como é
fase decisiva, já que o vestibular
se aproxima, mesmo se trocar é
preciso manter um bom padrão
de ensino e pagar por isso", disse o representante comercial
Genilson Dantas, 46, que tem
um filho no ensino médio do
Albert Sabin. O colégio disse
que o reajuste foi de 8% (leia
texto ao lado).
Para Érika Cristina Marques
Trindade, 39, que é mãe de uma
estudante do ensino médio do
COC, o novo valor assustou.
"No ano passado, o reajuste
foi menor. Vou pesquisar outras escolas, ver se vale trocar.
Mas estou em dúvida, pois às
vezes a mudança acaba saindo
mais cara do que manter no
mesmo colégio, já que é preciso
comprar material". O aumento
do COC, segundo pais ouvidos
pela Folha, chegou a 16%.
O presidente regional do
Sieeesp, João Andrade Velloso,
disse que cada escola é livre para adotar o percentual que julgar necessário. "Existe uma
projeção da inflação, mas não
uma orientação de aumento.
Cada escola sabe dos seus gastos, se teve obras de expansão,
se fez investimento maior e, a
partir disso, faz os cálculos".
Júlio Murata, 38, tem um filho de quatro anos no colégio
Marista e disse que não houve
reajuste, mas a instituição passou a cobrar 13 parcelas de
anuidade, em vez de 12.
"Apesar de a mensalidade
não ter tido alteração, essa nova cobrança não deixa de ser
um aumento", disse. Segundo
ele, o aumento do ano passado
ficou em torno de 9%.
Segundo Velloso, o reajuste é
feito anualmente e, por causa
da lei, não pode ser mudado. "O
que for repassado aos pais permanece até dezembro de 2010.
A escola tem que pensar em um
índice que contemple aumento
do salário de professores, funcionários, variações da economia e a inadimplência, que está
em torno de 9%."
Velloso defende que a negociação sempre prevalece, mesmo com a liberdade para praticar novos valores. "Todos [os
colégios] trabalham em parceria com os pais. A escola depende do aluno e o pai quer colocar
o filho na escola. Normalmente, chegam a um acordo. Se as
opções se esgotam, a cidade
tem muitas e excelentes escolas para que os pais possam ter
seus pleitos atendidos."
Texto Anterior: Selo verde rende prioridade em verbas estaduais Próximo Texto: Outro lado: Para as escolas, o reajuste foi inferior a 10% Índice
|