Ribeirão Preto, Quinta-feira, 03 de Setembro de 2009

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Pacientes de Ribeirão dizem que a fila única vai piorar vida de quem espera órgão

Márcia Ribeiro/Folha Imagem
Mariângela Coelho, que recebeu um fígado novo, faz campanha pela doação de órgãos

DA FOLHA RIBEIRÃO

A cabeleireira Diva da Silva, 54, e a coordenadora pedagógica Mariângela Rodrigues de Meira Coelho, 55, têm algo em comum: o transplante de um órgão passou a ser questão prioritária em suas vidas. A diferença é que Mariângela conseguiu, há dois anos, um doador e recebeu um fígado novo e Diva ainda aguarda na fila por um rim.
Em comum, também, as opiniões. Ambas discordam da decisão do Estado de fechar a central de regulação de órgãos de Ribeirão e levá-la para a capital paulista. "Já está complicado conseguir um doador em Ribeirão. Se eu entrar numa fila única em todo o Estado, aí vai ser mais difícil ainda", disse Diva.
Para Mariângela -que desde sua cirurgia, em 2007, passou a levantar a bandeira da doação de órgãos e, com o marido, faz campanha em Ribeirão-, uma central em SP vai tornar o processo impessoal.
"Enquanto eu esperava na fila tinha respaldo dos profissionais da saúde de Ribeirão. Eu me sentiria órfã se não houvesse uma central de transplantes perto de mim."
Segundo ela, a unificação das centrais vai tornar mais complicado a vida de quem aguarda na fila no interior.
É a mesma opinião do coordenador do programa de transplante de fígado do HC de Ribeirão, Orlando de Castro e Silva.


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