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Pacientes de Ribeirão dizem que a fila única vai piorar vida de quem espera órgão
Márcia Ribeiro/Folha Imagem
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Mariângela Coelho, que recebeu um fígado novo, faz campanha pela doação de órgãos
DA FOLHA RIBEIRÃO
A cabeleireira Diva da Silva,
54, e a coordenadora pedagógica Mariângela Rodrigues de
Meira Coelho, 55, têm algo
em comum: o transplante de
um órgão passou a ser questão prioritária em suas vidas.
A diferença é que Mariângela
conseguiu, há dois anos, um
doador e recebeu um fígado
novo e Diva ainda aguarda na
fila por um rim.
Em comum, também, as
opiniões. Ambas discordam
da decisão do Estado de fechar a central de regulação de
órgãos de Ribeirão e levá-la
para a capital paulista. "Já está complicado conseguir um
doador em Ribeirão. Se eu entrar numa fila única em todo
o Estado, aí vai ser mais difícil
ainda", disse Diva.
Para Mariângela -que desde sua cirurgia, em 2007, passou a levantar a bandeira da
doação de órgãos e, com o marido, faz campanha em Ribeirão-, uma central em SP vai
tornar o processo impessoal.
"Enquanto eu esperava na
fila tinha respaldo dos profissionais da saúde de Ribeirão.
Eu me sentiria órfã se não
houvesse uma central de
transplantes perto de mim."
Segundo ela, a unificação
das centrais vai tornar mais
complicado a vida de quem
aguarda na fila no interior.
É a mesma opinião do coordenador do programa de
transplante de fígado do HC
de Ribeirão, Orlando de Castro e Silva.
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