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Venda de veículos recua 6% em agosto
Juntas, as quatro maiores cidades da região venderam 4.067 carros zero no mês passado, ante 4.327 em julho
Queda de 49,8% em Araraquara influenciou os números da região; alta atípica em julho é apontada como motivo
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Puxada por uma queda
acentuada em Araraquara, a
venda de automóveis e veículos comerciais leves nas
quatro cidades mais populosas da região registrou recuo
de 6% em agosto na comparação com o mês anterior.
Em agosto, as concessionárias de veículos de Ribeirão Preto, Franca, São Carlos
e Araraquara venderam, juntas, 4.067 carros zero-quilômetro. Em julho, o total de
vendas foi de 4.327 veículos.
Levantamento com números do setor foi divulgado ontem pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição
de Veículos Automotores).
Entre as quatro localidades, duas registraram, de forma isolada, recuo nas vendas: Araraquara e Franca.
O caso de Araraquara é o
que chama mais atenção,
pois as concessionárias do
município venderam 49,8%
a menos no mês passado
-foram 476 veículos em
agosto, ante os 949 de julho.
Um mês fora do normal em
julho, porém, é a explicação
para os números negativos
de agosto. Em julho, o setor
havia registrado alta de
146,5% nas vendas na comparação com junho.
Uma locadora de carros teria comprado um número
elevado de veículos há dois
meses, colaborando para o
aumento significativo ante o
mês anterior e, consequentemente, para a queda que foi
registrada em agosto.
"Julho foi um momento
não habitual, então a base
comparativa tornou-se irreal", afirmou o presidente
da Acia (Associação Comercial e Industrial de Araraquara), Renato Haddad.
Segundo ele, a economia
de Araraquara passa por um
bom momento e, por isso, só
o caso isolado pode justificar
a queda de 49,8% na venda
de carros. "Temos ouvido de
empresas que o mês de agosto foi um dos melhores do
ano", disse Haddad.
No caso das cidades que
registraram aumento nas
vendas de carros em agosto,
o melhor desempenho percentual foi de São Carlos,
com alta de 14,7% -631 unidades vendidas no mês passado, ante 550 em julho.
Já em Ribeirão Preto, embora agosto tenha sido de alta nas vendas -7,6%-, o aumento foi praticamente a metade do que havia sido registrado no mês anterior.
Segundo o gerente de vendas da Atri Fiat, Evandro
Reis, essa desaceleração
ocorreu, no caso específico
da loja, em razão da falta de
alguns modelos em estoque.
"Houve fila de espera para alguns modelos 1.0, o que já foi
solucionado neste mês."
Para o setor automotivo, o
segundo semestre do ano é
sempre considerado mais
promissor do que os primeiros seis meses. O pagamento
do décimo terceiro e o período com mais dias úteis são algumas das razões.
Essa expectativa de alta se
mantém, segundo Reis, apesar do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido, que impulsionou as
vendas no início do ano.
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