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Aeroporto não sai
de onde está por
20 anos, diz Estado
Promotoria aprova estudo sobre a curva de ruído e 1.100 famílias devem deixar a área
DE RIBEIRÃO PRETO
O aeroporto Leite Lopes
não sairá de onde está nas
próximas duas décadas. É o
que afirma Sérgio Camargo,
superintendente do Daesp
(Departamento Aeroviário
do Estado de São Paulo).
Segundo ele, no planejamento dos próximos 20 anos
não há previsão de que o aeroporto seja levado para outra área. Um passo nesse sentido foi dado anteontem,
quando o Ministério Público
Estadual aprovou o estudo
sobre a curva de ruído do Leite Lopes. Com isso, cerca de
1.100 famílias que moram na
região devem ser desalojadas.
O estudo mede o barulho
causado pelos aviões no terminal e determina o que pode ser construído no entorno
do aeroporto. Agora falta a
Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) aprovar o estudo para que ele possa ser colocado em prática.
"A aprovação do estudo foi
uma vitória para o Daesp. Ela
permite que as discussões
para a ampliação do aeroporto sejam reiniciadas, uma vez
que só foram paralisadas pela Promotoria, que exigia a
curva de ruído", afirmou superintendente do Daesp.
O promotor da Habitação e
Urbanismo, Antônio Alberto
Machado, havia pedido mais
esclarecimentos sobre o estudo, mas entendeu que as
complementações não eram
mais necessárias.
No entanto, a Promotoria
ainda entende que o ideal seria que aeroporto fosse para
outra área. "O que estava em
discussão nesse momento
era a curva de ruído, mas sinceramente acredito que só a
mudança da área poderia resolver de uma vez por todas
os impasses."
Para o promotor do Meio
Ambiente, Marcelo Goulart,
o Leite Lopes poderia ser implantado em uma das três
áreas disponíveis nos municípios de Ribeirão, Sertãozinho e Jardinópolis. "O problema é que há especulação
imobiliária para que o aeroporto continue onde está."
Segundo o juiz João Gandini, é "evidente que o ideal seria que o aeroporto ficasse
longe da zona urbana", mas
se as normas forem seguidas
não há porque fazer mudança. Das famílias que moram
no entorno, 29 foram para o
bairro Paulo Gomes Romeu.
Outras 692 casas estão sendo
construídas pela CDHU.
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