Ribeirão Preto, Sexta-feira, 03 de Setembro de 2010

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Aeroporto não sai de onde está por 20 anos, diz Estado

Promotoria aprova estudo sobre a curva de ruído e 1.100 famílias devem deixar a área

DE RIBEIRÃO PRETO

O aeroporto Leite Lopes não sairá de onde está nas próximas duas décadas. É o que afirma Sérgio Camargo, superintendente do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo).
Segundo ele, no planejamento dos próximos 20 anos não há previsão de que o aeroporto seja levado para outra área. Um passo nesse sentido foi dado anteontem, quando o Ministério Público Estadual aprovou o estudo sobre a curva de ruído do Leite Lopes. Com isso, cerca de 1.100 famílias que moram na região devem ser desalojadas.
O estudo mede o barulho causado pelos aviões no terminal e determina o que pode ser construído no entorno do aeroporto. Agora falta a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aprovar o estudo para que ele possa ser colocado em prática.
"A aprovação do estudo foi uma vitória para o Daesp. Ela permite que as discussões para a ampliação do aeroporto sejam reiniciadas, uma vez que só foram paralisadas pela Promotoria, que exigia a curva de ruído", afirmou superintendente do Daesp.
O promotor da Habitação e Urbanismo, Antônio Alberto Machado, havia pedido mais esclarecimentos sobre o estudo, mas entendeu que as complementações não eram mais necessárias.
No entanto, a Promotoria ainda entende que o ideal seria que aeroporto fosse para outra área. "O que estava em discussão nesse momento era a curva de ruído, mas sinceramente acredito que só a mudança da área poderia resolver de uma vez por todas os impasses."
Para o promotor do Meio Ambiente, Marcelo Goulart, o Leite Lopes poderia ser implantado em uma das três áreas disponíveis nos municípios de Ribeirão, Sertãozinho e Jardinópolis. "O problema é que há especulação imobiliária para que o aeroporto continue onde está."
Segundo o juiz João Gandini, é "evidente que o ideal seria que o aeroporto ficasse longe da zona urbana", mas se as normas forem seguidas não há porque fazer mudança. Das famílias que moram no entorno, 29 foram para o bairro Paulo Gomes Romeu. Outras 692 casas estão sendo construídas pela CDHU.


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