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Garotos são
acusados de
matar jovem
da Febem
free-lance para a Folha
O setor de homicídios da DIG
(Delegacia de Investigações Gerais) prendeu anteontem dois jovens acusados de matar o interno
da Febem (Fundação Estadual do
Bem Estar do Menor) Diogo Barbosa, 16, na semana passada.
Segundo a polícia, A.A.B., 14, e
P.F.S., 17, confessaram o crime e
entregaram à polícia a arma utilizada para matar Barbosa -uma
pistola automática calibre 380.
A dupla foi presa no bairro Avelino Palma, região norte da cidade, segundo a polícia. "Primeiro
prendemos P.F.S. e, à noite, prendemos A.A.B. próximo a sua casa", disse ontem o delegado do setor de homicídios da DIG, Samuel
Antonio Zanferdini.
Barbosa foi morto com um tiro
na cabeça quando estava sendo
transportado em uma perua Kombi para prestar depoimento na Vara da Infância e da Juventude, no
Fórum de Ribeirão Preto.
O tiro, que atravessou a cabeça
do garoto, também atingiu de raspão as costas do monitor da unidade André Luiz de Paula Borges.
A.A.B. confessou à polícia que
foi ele o autor do disparo que atingiu Barbosa na cabeça. "Apesar
de ele ter confessado a autoria, o
tempo de internação na Febem será o mesmo para os dois", afirmou
o delegado da DIG de Ribeirão.
Os acusados também disseram à
polícia que mataram Barbosa pensando se tratar de outro adolescente, também internado na Febem, mas que, no momento do
crime, não estava na perua.
"Eles pensavam que o menino
que queriam matar estivesse na
Kombi", disse o delegado.
A polícia não quis divulgar o nome do garoto que seria o pivô da
história, mas afirmou que, segundo os adolescentes, ele seria morto
porque teria discutido com os
acusados antes de ser internado.
Os dois adolescentes presos já tinham várias passagens pela polícia por terem cometido roubo,
furtos e tráfico de entorpecentes,
sendo que P.F.S. havia saído da Febem dois dias antes do crime.
A polícia encontrou na casa de
A.A.B. diversas munições de armas calibre 38 e 45 e dois papelotes
de cocaína. "Ele é viciado em drogas e já tem passagens pela polícia", disse Zanferdini.
Eles estão presos na DIG, mas
devem ser transferidos e internados na Febem de São Paulo. A polícia não permitiu que eles concedessem entrevistas.
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