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Eleição vira "tira-teima" entre PT e PSDB
Enquanto o presidente Lula bateu Serra em 2002 na maioria da região, Alckmin deu o troco quatro anos depois
Nenhum candidato de outro partido conseguiu vencer a disputa nos anos 2000 em alguma das 89 cidades da região
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
MARCELO TOLEDO
EDITOR-ASSISTENTE DE RIBEIRÃO
Um verdadeiro tira-teima.
Assim pode ser definida a
eleição presidencial de hoje
na região de Ribeirão Preto,
com mais um embate entre o
PT de Dilma Rousseff e o
PSDB de José Serra.
Se, em 2002, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva bateu o próprio Serra no primeiro turno em 79 das 89 municípios da região, em 2006 o tucano Geraldo Alckmin, então
concorrente ao Palácio do
Planalto, bateu Lula em 75 cidades, com votação recorde.
Na década, nenhum candidato de outra sigla conseguiu vencer em uma cidade
que seja da região -é a primeira vez nos anos 2000 que
o PV de Marina Silva lança
candidato à Presidência.
Alckmin obteve, há quatro
anos, 998.318 votos, ante os
561.172 do atual presidente,
num colégio eleitoral de 2,177
milhões de eleitores. A votação, aliás, mostrou um revés
do petista, que em 2002 havia atingido 687 mil votos,
enquanto outros 486.601 votaram em Serra.
Até pelo histórico das campanhas locais, a batalha deve ser mais acentuada em Ribeirão, cidade mais populosa e que concentra 17,58%
dos atuais 2,31 milhões de
eleitores (406.166) da região.
Os partidos se revezaram
no poder entre 1993 e 2008.
Em 92, Antônio Palocci Filho
(PT), coordenador de campanha de Dilma, bateu o deputado federal Antônio Duarte
Nogueira Junior, hoje tucano. O troco foi dado em 96,
com Luiz Roberto Jábali derrotando Sérgio Roxo (PT).
Quatro anos mais tarde,
Palocci voltou a disputar a
eleição e venceu, mas não fez
seu sucessor, Gilberto Maggioni, que assumiu após o
petista renunciar para assumir o cargo de ministro da
Fazenda de Lula.
Maggioni foi derrotado no
primeiro turno em 2004, no
pleito vencido pelo tucano
Welson Gasparini. A vitória
de Dárcy Vera (DEM) há dois
anos interrompeu esse ciclo.
PT e PSDB atribuem o desempenho nas eleições passadas aos "momentos" que
cada um atravessou. A explicação é similar quando o assunto é a disputa atual.
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