Ribeirão Preto, Domingo, 03 de Outubro de 2010

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Eleição vira "tira-teima" entre PT e PSDB

Enquanto o presidente Lula bateu Serra em 2002 na maioria da região, Alckmin deu o troco quatro anos depois

Nenhum candidato de outro partido conseguiu vencer a disputa nos anos 2000 em alguma das 89 cidades da região

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

MARCELO TOLEDO
EDITOR-ASSISTENTE DE RIBEIRÃO

Um verdadeiro tira-teima. Assim pode ser definida a eleição presidencial de hoje na região de Ribeirão Preto, com mais um embate entre o PT de Dilma Rousseff e o PSDB de José Serra.
Se, em 2002, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o próprio Serra no primeiro turno em 79 das 89 municípios da região, em 2006 o tucano Geraldo Alckmin, então concorrente ao Palácio do Planalto, bateu Lula em 75 cidades, com votação recorde.
Na década, nenhum candidato de outra sigla conseguiu vencer em uma cidade que seja da região -é a primeira vez nos anos 2000 que o PV de Marina Silva lança candidato à Presidência.
Alckmin obteve, há quatro anos, 998.318 votos, ante os 561.172 do atual presidente, num colégio eleitoral de 2,177 milhões de eleitores. A votação, aliás, mostrou um revés do petista, que em 2002 havia atingido 687 mil votos, enquanto outros 486.601 votaram em Serra.
Até pelo histórico das campanhas locais, a batalha deve ser mais acentuada em Ribeirão, cidade mais populosa e que concentra 17,58% dos atuais 2,31 milhões de eleitores (406.166) da região.
Os partidos se revezaram no poder entre 1993 e 2008. Em 92, Antônio Palocci Filho (PT), coordenador de campanha de Dilma, bateu o deputado federal Antônio Duarte Nogueira Junior, hoje tucano. O troco foi dado em 96, com Luiz Roberto Jábali derrotando Sérgio Roxo (PT).
Quatro anos mais tarde, Palocci voltou a disputar a eleição e venceu, mas não fez seu sucessor, Gilberto Maggioni, que assumiu após o petista renunciar para assumir o cargo de ministro da Fazenda de Lula.
Maggioni foi derrotado no primeiro turno em 2004, no pleito vencido pelo tucano Welson Gasparini. A vitória de Dárcy Vera (DEM) há dois anos interrompeu esse ciclo.
PT e PSDB atribuem o desempenho nas eleições passadas aos "momentos" que cada um atravessou. A explicação é similar quando o assunto é a disputa atual.


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