Ribeirão Preto, Quarta-feira, 03 de Novembro de 2010

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Citricultores tentam acordo em reunião

Produtores pretendem unir vozes para defender o preço da laranja no novo conselho

DE RIBEIRÃO PRETO

A falta de consenso entre citricultores levou o presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), Flávio Viegas, a convocar um encontro antes do pontapé inicial para formação do Consecitrus (Conselho Estadual de Citricultura), na próxima segunda-feira.
Representantes da associação, da SRB (Sociedade Rural Brasileira) e da Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo) se reunirão para afinar as propostas, principalmente sobre a remuneração pela indústria.
A principal dúvida é quanto à representatividade dos citricultores no Consecitrus.
Para isso, eles planejam até a criação da Unicitrus, que indicaria três produtores para integrar o conselho ao lado de três representantes da indústria.
O encontro deve ocorrer nesta semana. "Temos de chegar com uma proposta mais articulada, para impedir o aprofundamento da crise nas relações entre produtores e a indústria. Afinal, esse é o alvo da discussão", disse Viegas.
O principal objetivo é garantir um sistema de informações nos moldes do existente na Flórida (EUA), que evite vantagens ou desvantagens a toda na cadeia.
O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, João de Almeida Sampaio Filho, disse que os citricultores vão superar a falta de consenso e encontrar uma forma para participar do conselho. "O momento é propício para isso", disse.
O secretário afirmou que a criação do conselho foi inspirada no Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo), e que a proposta é avançar nas questões de remuneração e segurança aos produtores.
"Vamos em busca de um modelo ideal, de repartição igualitária dos ganhos e perdas da cadeia", disse.
O protocolo para criar o Consecitrus foi assinado na semana passada.
O presidente da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), Christian Lohbauer, disse que é necessário estabelecer um interlocutor para tratar de um "novo panorama de custos e evolução da citricultura" com a indústria.
Atualmente, o preço da laranja está estável -média de R$ 15 a caixa. O Estado é o maior produtor mundial, com 300 milhões de caixas por safra, seguido da Flórida.


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