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Setor calçadista espera ano favorável desde que dólar fique acima de R$ 1,90
Silva Junior/ Folha Imagem
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Funcionários na linha de produção calçadista Mariner, em Franca; indústrias do setor torcem para a cotação do dólar não cair
DA FOLHA RIBEIRÃO
Para o setor calçadista de
Franca, principal polo do país
na produção de sapatos masculinos, este ano pode ser favorável, caso a cotação do dólar siga
no patamar atual. É o que afirmam empresários da cidade.
A moeda norte-americana
fechou na última sexta-feira
cotada a R$ 2,33, valor 45,62%
superior ao R$ 1,60 praticado
antes do início da crise global,
em agosto do ano passado.
O setor, que já chegou a dizer
que a cotação ideal deveria ser
de R$ 2,80, reviu suas posições
nos últimos anos e, antes da escalada do dólar, já se contentava com uma cotação de R$ 1,90.
"A crise global causou até
agora o cancelamento de poucos pedidos no setor, um a cada
200, mas para 2009 é uma incógnita. O ideal era que o dólar
continuasse como está", afirmou Téti Brigagão, diretor comercial da Sândalo.
De acordo com ele, a empresa
está passando por mudanças
internas para se preparar para
o período que considera crítico,
até o fim do primeiro semestre.
"Nós prevemos o achatamento
do mercado. No Brasil, o crédito não estourou, como nos
EUA, mas a especulação faz as
pessoas gastarem menos. Todos seguem essa mentalidade."
O presidente do Sindifranca
(Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), José Carlos
Brigagão do Couto, disse que o
dólar deve se estabilizar em algum valor entre R$ 2,10 e
R$ 2,20, que ele considera bom
para as exportações.
O empresário Élcio Jacometti, ex-presidente da Abicalçados (Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados), afirmou que a tendência é de os
primeiros meses deste ano serem bons para o setor de calçados. "Com essa crise econômica, o pessoal se volta para os
bens de menor valor, como os
sapato e as confecções", afirmou Jacometti.
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