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Preço do álcool deve subir nesta semana
Avaliação é do Sincopetro, segundo quem os postos não repassaram na semana passada o reajuste das distribuidoras
Litro do álcool hidratado que sai das usinas teve alta de 17% no último mês, segundo pesquisa do
Cepea da Esalq/USP
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os donos de postos de combustíveis não poderão continuar absorvendo a alta do álcool, que continua a subir nas
usinas, e devem elevar ainda
mais o preço do produto nos
próximos dias. A análise é do
presidente regional do Sincopetro (Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo),
Oswaldo Manaia.
Em Ribeirão, o preço do litro
já chega a R$ 1,797. De acordo
com Manaia, nas últimas duas
semanas, os donos de postos
deixaram de repassar R$ 0,10
por litro de etanol. Segundo ele,
é efeito da concorrência, que
não permite que os postos
transfiram automaticamente a
alta ao consumidor, ao contrário do que ocorre na outra ponta da cadeia, na negociação entre usinas e distribuidoras.
Somente no mês passado, o
litro do álcool hidratado que sai
das usinas, sem impostos, teve
alta de 17%, de R$ 0,93 para para R$ 1,10, segundo o Cepea
(Centro de Estudos Avançados
em Economia Aplicada) da
Esalq/USP.
O preço mais alto foi repassado aos postos, que tentaram
não transferir todo o aumento
ao consumidor, segundo Manaia. Como as distribuidoras já
sinalizam um novo aumento
nesta semana, a tendência é de
alta nas bombas. "Não temos
como absorver mais."
Segundo o Cepea, os indicadores do produto continuam
em alta. Um ritmo mais lento
de subida nos preços foi verificado na última semana de
2009, quando o litro do combustível subiu 1,04%.
Esse cenário reflete o movimento de formação de estoques das distribuidoras e postos antes das festas do fim de
ano, de acordo com o Cepea.
Com isso, os volumes negociados do produto foram baixos, o
que ajudou a segurar o preço.
De acordo com Manaia, uma
nova alta no preço será decidida hoje, quando as distribuidoras começam a abastecer os
postos após o feriado prolongado. "Se vier para a gente custando R$ 1,50, como já estão falando no mercado, daí não temos
como segurar o preço."
A alta no etanol, tradicional
no período de entressafra, entre janeiro e março, vem sendo
impulsionada pela oferta menor para a moagem provocada
pela chuva no ano passado.
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