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56 cidades da região não aderem ao Pacto das Águas
Acordo inclui fazer raio-X do uso da água e do saneamento e traçar meta de ações
Resultado deverá ser apresentado em 2012, em fórum; o município que não aderir pode deixar de receber verbas estaduais
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Cinquenta e seis cidades da
região de Ribeirão Preto, de um
total de 89 municípios, não
aderiram ao Pacto das Águas,
proposto pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O acordo, formalizado anteontem em Bocaina, propõe
que cada cidade, até o final deste ano, faça um diagnóstico do
uso da água e da situação do saneamento, identifique fontes
de poluição e trace uma meta
de ações. Os resultados devem
ser apresentados em 2012, no
próximo Fórum Mundial da
Água, na África do Sul.
Quem não aderir ao pacto
não será punido, mas poderá
deixar de obter recursos ou ser
preterido em programas estaduais como o Fehidro e o Água
Limpa, da Sabesp.
"Os recursos do Estado serão
canalizados para auxiliar esse
projeto. Se não quiser aderir [o
município], ficará fora, deixará
de ganhar", disse o secretário
estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano.
Entre as dez maiores cidades
da região, não assinaram o
compromisso Franca, São Carlos, Sertãozinho, Matão e Batatais. No total, 227 prefeitos do
Estado assinaram o pacto.
Algumas prefeituras que estão fora da lista, entre elas
Franca e São Carlos, disseram
que vão aderir.
Em São Carlos, um dos desafios é o esgoto, já que 30% do
material coletado ainda é despejado diretamente nos rios.
Segundo o coordenador do
Meio Ambiente, Paulo Mancini, o tratamento deve chegar a
100% até o ano que vem.
O secretário de Serviços e
Meio Ambiente de Franca, Ismar Rodrigues Tavares, disse
que uma das prioridades da
prefeitura é recuperar as matas
ciliares na área urbana. O município já está elaborando um
levantamento, junto com a Polícia Ambiental, sobre a condição das matas ciliares na zona
rural. O estudo deve ser concluído em 60 dias.
Em Ribeirão, o secretário do
Meio Ambiente, Joaquim Rezende, disse que apenas 1% do
esgoto produzido na cidade não
é coletado, por causa de condomínios nobres que usam fossas.
Segundo ele, a Justiça está notificando os condomínios para
que construam redes.
Para o promotor do Meio
Ambiente de Ribeirão, Marcelo
Goulart, a principal meta é restringir a ocupação na área de
recarga do aquífero Guarani.
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