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Urnas alteram a rotina na Fundação Casa
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
A eleição mudou a rotina
dominical dos adolescentes
infratores internados da Fundação Casa (antiga Febem)
em Ribeirão Preto.
Em vez de apenas tomar
café e aguardar a visita dos
familiares, como acontece
aos domingos, os adolescentes com mais de 16 anos que
se cadastraram na Justiça
Eleitoral tiveram assegurado
o direito a voto.
Pela primeira vez, urnas
eletrônicas foram instaladas
nas unidades. A medida é
fruto de ação civil pública
movida pela Defensoria Pública, que resultou em entendimento entre Estado e TRE
(Tribunal Regional Eleitoral).
Em Ribeirão, votaram 31
adolescentes dos 36 aptos.
Em toda a região, votaram 65
dos 76 internados que estavam cadastrados. O índice
maior de abstenção foi o de
meninos desinternados que
tiraram seu título quando estavam na fundação.
Ricardo (nome fictício), 19,
foi um dos primeiros a votar
na unidade em Ribeirão.
Ele disse que viu pouca
propaganda na TV e preferiu
votar em quem apoia a educação. "Tinha gente que só
falava em pôr polícia na rua e
de educação, nada."
Como Ricardo, Tiago, 17,
votou em Dilma Rousseff
(PT) para a Presidência. "Ela
vai continuar o trabalho do
[presidente] Lula". Ele também escolheu Netinho (PC do
B) como senador -nos demais, votou em branco.
Alguns contaram que votaram nulo para a maioria
dos cargos porque não conheciam os candidatos.
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