Márcia Ribeiro - 31.out.10/Folhapress

O deputado Duarte Nogueira (PSDB), reeleito à Câmara

DE RIBEIRÃO PRETO

O voto mais caro da região foi o do deputado federal eleito Newton Lima (PT), que gastou R$ 22,53 por voto obtido. Em segundo lugar vem Duarte Nogueira (PSDB) -cada voto custou R$ 16,73.
Para se ter uma ideia, Newton Lima teve uma despesa por voto 20 vezes maior que o candidato mais votado da região, o deputado federal eleito Marco Feliciano (PSC). Entre os eleitos, o "preço" médio por eleitor foi de R$ 9,42.
Pastor evangélico e apresentador de programa religioso em TV aberta, Feliciano precisou apenas de R$ 1,15 por eleitor. Ele teve 211.855 votos e prestou conta de R$ 244,2 mil ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo Feliciano, além de ser conhecido no meio evangélico e da exposição que teve na TV, seu "forte" na campanha foi a internet.
"Meus sites ajudaram muito, com certeza. Também tenho e-mails de mais de um milhão de fiéis", afirmou.
Para ele, essa é a "única explicação", já que teve votos em 641 cidades do Estado de São Paulo. "Com o dinheiro que usei em campanha, não há logística que explique a quantidade de votos que tive em tantas cidades."
Dono do voto mais caro, Newton Lima disse que as alternativas do voto distrital e do financiamento público de campanha "têm de entrar urgentemente na discussão da reforma política".
Segundo o petista, com a reformulação do sistema eleitoral será possível baratear as campanhas. "O voto distrital, inclusive, aproxima o eleitor do deputado. É mais fácil até para a população fiscalizar o parlamentar", disse.


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