Ribeirão Preto, Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2009

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Ribeirão gasta 501 mil litros de álcool por dia

No ano passado, veículos do município utilizaram 183 milhões de litros de álcool hidratado, 23% a mais do que em 2007

A tradição do combustível na região e o aumento de automóveis do tipo flex justificam a alta, segundo representantes do setor


JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os veículos de Ribeirão Preto consumiram uma média de 501,6 mil litros de álcool hidratado por dia no ano passado. A cidade é a terceira do Estado que mais recorreu ao etanol para abastecer seus carros, segundo o Anuário Estatístico de Energéticos 2008, publicado pela Secretaria de Estado de Saneamento e Energia.
Ao longo do ano passado, Ribeirão consumiu 183 milhões de litros de álcool hidratado, um aumento de 23,9% em relação ao ano anterior. A tradição do produto na região e o aumento dos carros flex estão entre as justificativas para a opção pelo etanol, segundo representantes do setor.
Se for considerada a frota de veículos da cidade, que era de 335 mil unidades na época, significa dizer que, em média, cada veículo de Ribeirão consumiu no ano passado, 545 litros. É a maior proporção entre as 15 cidades paulistas mais consumidoras do combustível.
O álcool é uma preferência cultural na região, de acordo com Renê Abbad, vice-presidente da Brascombustíveis (Associação Brasileira do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos).
"Tanto que somente em fevereiro deste ano é que, no país, o consumo do álcool foi maior do que o da gasolina, mas aqui em Ribeirão isso acontece há três anos", disse Abbad.
Diretor regional da Unica, Sérgio Prado afirma que o preço do litro, ainda que tenha aumentado um pouco nas últimas semanas, é mais baixo do que em outras cidades.
O estudo também mostra que o consumo de GNV (gás natural veicular) pelos veículos aumentou de forma expressiva na cidade, por causa do funcionamento do gasoduto Araraquara-Ribeirão, em 2007.
O consumo, porém, tem caído por causa do preço do gás. De um universo de 151 postos existentes na cidade, cinco eram GNV. Um deles, o posto São João decidiu há seis meses abandonar o fornecimento de gás para se manter apenas com gasolina, álcool e diesel.
Há um ano, quando o sistema de GNV foi instalado no posto, o preço do gás era R$ 1,59 o m3. Hoje, está em R$ 1,89.
"Não compensa manter o GNV, porque a frota de Ribeirão Preto para isso é muito pouco", afirmou o gerente do posto Rogério Santos.


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