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Ribeirão gasta 501 mil litros de álcool por dia
No ano passado, veículos do município utilizaram 183 milhões de litros de álcool hidratado, 23% a mais do que em 2007
A tradição do combustível na região e o aumento de automóveis do tipo flex justificam a alta, segundo representantes do setor
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os veículos de Ribeirão Preto
consumiram uma média de
501,6 mil litros de álcool hidratado por dia no ano passado. A
cidade é a terceira do Estado
que mais recorreu ao etanol para abastecer seus carros, segundo o Anuário Estatístico de
Energéticos 2008, publicado
pela Secretaria de Estado de
Saneamento e Energia.
Ao longo do ano passado, Ribeirão consumiu 183 milhões
de litros de álcool hidratado,
um aumento de 23,9% em relação ao ano anterior. A tradição
do produto na região e o aumento dos carros flex estão entre as justificativas para a opção
pelo etanol, segundo representantes do setor.
Se for considerada a frota de
veículos da cidade, que era de
335 mil unidades na época, significa dizer que, em média, cada veículo de Ribeirão consumiu no ano passado, 545 litros.
É a maior proporção entre as 15
cidades paulistas mais consumidoras do combustível.
O álcool é uma preferência
cultural na região, de acordo
com Renê Abbad, vice-presidente da Brascombustíveis
(Associação Brasileira do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos).
"Tanto que somente em fevereiro deste ano é que, no país, o
consumo do álcool foi maior do
que o da gasolina, mas aqui em
Ribeirão isso acontece há três
anos", disse Abbad.
Diretor regional da Unica,
Sérgio Prado afirma que o preço do litro, ainda que tenha aumentado um pouco nas últimas
semanas, é mais baixo do que
em outras cidades.
O estudo também mostra
que o consumo de GNV (gás natural veicular) pelos veículos
aumentou de forma expressiva
na cidade, por causa do funcionamento do gasoduto Araraquara-Ribeirão, em 2007.
O consumo, porém, tem caído por causa do preço do gás.
De um universo de 151 postos
existentes na cidade, cinco
eram GNV. Um deles, o posto
São João decidiu há seis meses
abandonar o fornecimento de
gás para se manter apenas com
gasolina, álcool e diesel.
Há um ano, quando o sistema
de GNV foi instalado no posto,
o preço do gás era R$ 1,59 o m3.
Hoje, está em R$ 1,89.
"Não compensa manter o
GNV, porque a frota de Ribeirão Preto para isso é muito
pouco", afirmou o gerente do
posto Rogério Santos.
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