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Creche nas férias "estreia" com baixa adesão
3 em cada 4 crianças matriculadas não foram às creches ontem; nenhum aluno compareceu em 17 das 36 escolas infantis
Para sindicato, só 2% dos 500 servidores municipais das creches trabalharão em janeiro, conforme havia sido proposto pela prefeitura
Silva Junior/Folha Imagem
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O auxiliar de almoxarifado Carlos Eduardo Martins, 27, e o filho Gustavo na creche Deolinda Gasparini
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
No primeiro dia de funcionamento em 2010 em Ribeirão
Preto das creches nas férias, o
número de crianças que compareceram às aulas foi baixo.
Três em cada quatro matriculados não foram às creches ontem, segundo a prefeitura.
O esvaziamento foi ainda
maior nas salas das Emeis (Escolas Municipais de Educação
Infantil), que também estão
abertas nas férias. A taxa de
presença foi de apenas 0,78%
-70 alunos de um universo de
12.027 compareceram.
A mais baixa adesão entre as
creches aconteceu na Dr. Roberto Taranto Júnior, onde
apenas 12 das 174 crianças
compareceram. Já em 17 das 36
escolas infantis do município,
nenhum aluno foi à aula.
A abertura das creches e escolas foi determinada em caráter liminar pelo TJ (Tribunal
de Justiça), após ação da Defensoria Pública de Ribeirão
(leia texto nesta página).
Para Marli da Rocha, diretora da creche Ana Augusta Franca, a tendência é que o comparecimento seja maior no decorrer do mês. Por enquanto, muitas famílias ainda estão em férias ou têm visitas de familiares
em casa, que acabam se responsabilizando pelas crianças.
Na creche dirigida por Rocha, 41 crianças das 123 regularmente matriculadas apareceram ontem. O quadro de funcionários foi suficiente para
atendê-las, disse ela.
O presidente do sindicato
dos servidores municipais,
Wagner Rodrigues, estima que
apenas 2% dos 500 servidores
municipais das creches trabalharão em janeiro, como proposto pela prefeitura.
Para a manutenção dos estabelecimentos abertos, a administração recrutou 152 educadores de creches e 50 professores temporários.
Para Rodrigues, o baixo comparecimento das crianças aliviou a situação da administração municipal, já que os temporários ainda não são suficientes
para suprir a ausência dos efetivos em férias.
Por meio de sua assessoria de
imprensa, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que o
número de funcionários é suficiente e que não cabe a ela fazer
uma avaliação sobre o comparecimento dos alunos, mas
manter os locais abertos, conforme determinou a Justiça.
Pais que levaram seus filhos
ontem à creche pela primeira
vez em um mês de janeiro aprovaram a solução.
Para o auxiliar de almoxarifado Carlos Eduardo Marcos
Martins, 27, poder levar seu filho Gustavo Marcos Martins, 2,
à creche ontem "foi bom demais". "Antes ele ficava na minha irmã, na casa de parentes,
dava trabalho para levar até lá."
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