Ribeirão Preto, Quarta-feira, 05 de Janeiro de 2011
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Frota recorde amplia problemas no trânsito Com 386.893 unidades, Ribeirão atinge 1,56 habitante por veículo, índice que supera São Paulo, que tem 1,78 Cenário faz a cidade ter congestionamentos em horários de pico e causa o esgotamento de vagas para estacionar
ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO Ribeirão Preto alcançou um novo recorde com consequências negativas para o trânsito. Nunca o número de veículos nas ruas chegou tão perto da quantidade de moradores na cidade. Em 2010, Ribeirão atingiu 386.893 veículos, ou 1,56 habitante por unidade, mesmo patamar de países desenvolvidos, segundo cruzamento feito pela Folha a partir de dados de agosto do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e do Censo. Com esse quadro, a cidade sofre ainda mais com problemas antes só comuns em municípios de grande porte. Entre as principais consequências estão congestionamentos das principais vias em horários de pico -por volta das 12h e no início da noite- e o esgotamento das vagas para estacionar, principalmente no centro. A relação entre a frota e a população de Ribeirão supera capitais como São Paulo (1,78), Belo Horizonte (1,84) e Rio de Janeiro (3,12). Cidades de porte semelhante, como Sorocaba e São José dos Campos, também ficam atrás, com 1,87 e 2,02, respectivamente. A explicação para o quadro de Ribeirão é simples: a frota cresce mais rápido que a população. Enquanto a quantidade de veículos aumentou 9,2% em agosto de 2010, em relação ao mesmo mês de 2009, o número de habitantes avançou 7,4%. A casa do estudante André Pedro da Cunha é um exemplo do que ocorre na cidade. A família tem dois carros e duas motos, média de um para cada morador. "Assim que tiver habilitação, vou abandonar o ônibus. Não compensa", disse. Superintendente da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A.), William Latuf disse que uma consultoria contratada pela Prefeitura de Ribeirão apontará as soluções para os problemas do sistema viário. Segundo Coca Ferraz, especialista da USP de São Carlos, nações como EUA e Suécia trataram a "motorização" da população de forma mais eficiente. "Investiram nos sistemas viários, e o fato de ter carro não significa usá-lo todo dia, porque o transporte coletivo é bom." Próximo Texto: Monte Alto surge na 2ª posição em ranking Índice | Comunicar Erros |
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