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Sindicato tenta reverter "embargo" do açúcar estocado da usina Albertina
DA FOLHA RIBEIRÃO
Para garantir o pagamento
dos salários atrasados de 1.800
trabalhadores da usina Albertina, em Sertãozinho, o Sindicato
dos Trabalhadores da Indústria
do Açúcar, da Alimentação e
Afins de Sertãozinho e região
vai tentar derrubar uma decisão do TJ (Tribunal de Justiça)
de São Paulo que proíbe a empresa de vender cerca de 350
mil sacas de açúcar estocadas.
Segundo José da Silva, presidente do sindicato, nenhum
trabalhador recebeu o 13º salário integral, o pagamento de dezembro ou férias vencidas.
Além disso, o salário de janeiro,
que deveria ser pago esta semana, está comprometido.
"As conversas com a Albertina não são boas. Eles não têm
dinheiro, os bancos fecharam
as portas, a única maneira de
conseguir caixa é vendendo o
açúcar", disse Silva, que passou
a manhã e a tarde de ontem
reunido com diretores.
Um dos trabalhadores atingidos, um mecânico que trabalha
há 12 anos na usina, afirmou
que está sem pagar contas de
luz e telefone e que o dinheiro
recebido em dezembro só dá
para fazer compras básicas de
alimentos para a família.
A Albertina iniciou processo
de recuperação judicial em novembro, alegando dívidas de
US$ 100 milhões. Em primeira
instância, a Justiça de Sertãozinho havia autorizado a venda
de bens para a quitação dos salários atrasados, mas a decisão
acabou sendo derrubada no TJ
a pedido dos credores. A usina
tentou reverter a decisão sobre
o bloqueio dos bens, mas não
obteve sucesso.
Segundo Daltro Borges, advogado que representa a usina
no caso, a venda do estoque de
açúcar da Albertina poderia garantir à empresa algo em torno
de R$ 14 milhões, dinheiro suficiente para cobrir as dívidas
trabalhistas mais emergenciais, de R$ 5 milhões.
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