Ribeirão Preto, Quinta-feira, 05 de Fevereiro de 2009

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Sindicato tenta reverter "embargo" do açúcar estocado da usina Albertina

DA FOLHA RIBEIRÃO

Para garantir o pagamento dos salários atrasados de 1.800 trabalhadores da usina Albertina, em Sertãozinho, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Açúcar, da Alimentação e Afins de Sertãozinho e região vai tentar derrubar uma decisão do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo que proíbe a empresa de vender cerca de 350 mil sacas de açúcar estocadas.
Segundo José da Silva, presidente do sindicato, nenhum trabalhador recebeu o 13º salário integral, o pagamento de dezembro ou férias vencidas. Além disso, o salário de janeiro, que deveria ser pago esta semana, está comprometido.
"As conversas com a Albertina não são boas. Eles não têm dinheiro, os bancos fecharam as portas, a única maneira de conseguir caixa é vendendo o açúcar", disse Silva, que passou a manhã e a tarde de ontem reunido com diretores.
Um dos trabalhadores atingidos, um mecânico que trabalha há 12 anos na usina, afirmou que está sem pagar contas de luz e telefone e que o dinheiro recebido em dezembro só dá para fazer compras básicas de alimentos para a família.
A Albertina iniciou processo de recuperação judicial em novembro, alegando dívidas de US$ 100 milhões. Em primeira instância, a Justiça de Sertãozinho havia autorizado a venda de bens para a quitação dos salários atrasados, mas a decisão acabou sendo derrubada no TJ a pedido dos credores. A usina tentou reverter a decisão sobre o bloqueio dos bens, mas não obteve sucesso.
Segundo Daltro Borges, advogado que representa a usina no caso, a venda do estoque de açúcar da Albertina poderia garantir à empresa algo em torno de R$ 14 milhões, dinheiro suficiente para cobrir as dívidas trabalhistas mais emergenciais, de R$ 5 milhões.


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