Ribeirão Preto, Sábado, 05 de Fevereiro de 2011

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150 famílias invadem área no Jardim Salgado Filho

Grupo, que veio das favelas Adamantina e Itápolis, pretende erguer barracos

Fiscalização Geral da prefeitura e Guarda Municipal tentaram a reintegração de posse do terreno, sem sucesso

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO
DE RIBEIRÃO PRETO


Famílias que não estavam inscritas no programa de desfavelamento da Prefeitura de Ribeirão Preto invadiram ontem um terreno no Jardim Salgado Filho.
As cerca de 150 famílias começaram a invadir o local, próximo ao aeroporto Leite Lopes, na última quarta-feira. Anteontem a Fiscalização Geral e a Guarda Municipal foram até lá para tentar a reintegração de posse.
"Iríamos fazer a reintegração ainda ontem [quinta-feira], mas como o local é escuro, o processo seria perigoso para essas famílias", disse o chefe da Fiscalização Geral de Ribeirão, Osvaldo Braga.
Ontem, policiais militares, guardas municipais e agentes da Fiscalização Geral retornaram ao local por volta das 8h para tentar mais uma vez realizar a reintegração, mas a liminar não foi expedida a tempo pela Justiça.
O serralheiro Aldair da Silva, 31, que se identificou como chefe do movimento, disse que as famílias estão se organizando para limpar o terreno e erguer os barracos.
Segundo Silva, eles vieram das favelas Adamantina e Itápolis e não estavam cadastrados no programa Moradia Legal. "Não temos para onde ir. Esse terreno é da prefeitura e do Estado e está vazio há 13 anos. Vamos ficar aqui e ninguém vai nos impedir."
Segundo Braga, chefe da fiscalização, os não cadastrados do Moradia Legal organizaram a invasão para chamar a atenção da prefeitura e conseguir uma casa no projeto.

DESOCUPAÇÃO
Moradores da favela Itápolis tinham pedido liminar para ficar no local ocupado.
O Tribunal de Justiça de SP, porém, entendeu que eles não tinham esse direito e determinou ontem que algumas famílias desocupassem o terreno imediatamente.
A alegação do TJ-SP era que alguns moradores já eram donos de imóveis ou já se beneficiaram de financiamento da Caixa Econômica para comprar a casa própria.
Existe ainda outra ação de reintegração de posse proposta pelo município contra moradores da mesma favela, que se instalaram no local após a prefeitura ter encerrado o cadastramento em 2007.


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