Ribeirão Preto, Quinta-feira, 05 de Maio de 2011
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Dengue já internou 195 em Ribeirão Taxa de hospitalização supera até mesmo a megaepidemia de 2010; doença atingiu 10.350 pessoas neste ano Para especialista, dado indica o agravamento da epidemia na cidade; total de casos de dengue hemorrágica chega a 27
ANA SOUSA DE RIBEIRÃO PRETO Ribeirão Preto já internou 195 pessoas com dengue desde o início deste ano, o que faz com que a taxa de hospitalização seja de 1,88%, superior à da megaepidemia registrada no ano passado. O dado faz parte de boletim divulgado ontem pela Vigilância Epidemiológica, que mostrou que Ribeirão já teve 10.350 confirmações da doença neste ano. O número de mortes suspeitas também já supera o registrado em 2010. Três novos óbitos, que podem estar relacionados à dengue, foram somados ontem a outros 15 casos já investigados. Para o especialista em dengue Victor Hugo Aquino, docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, esses dados indicam o agravamento da epidemia em Ribeirão Preto. A tendência, de acordo com ele, é que o volume de casos clássicos da doença diminua e que as crianças passem a ser as principais vítimas da doença a longo prazo, já que serão mais suscetíveis à contaminação. "Como as epidemias se repetem, pessoas que já pegaram a doença acabam sendo contaminadas de novo. Isso potencializa os riscos de casos graves", afirma. DENGUE HEMORRÁGICA Em apenas quatro meses deste ano, Ribeirão teve 27 casos de dengue hemorrágica. Em 2010, quando a cidade teve cerca de 30 mil casos da doença -a pior epidemia de sua história-, foram 69. A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Maria Luiza Santa Maria, disse que as manifestações hemorrágicas estão previstas no histórico de desenvolvimento das epidemias. Ela afirma, no entanto, que a taxa de letalidade do município é de 0,6% neste ano. O Ministério da Saúde considera aceitável que a taxa atinja até 7,5%. Apenas uma morte por dengue foi confirmada até o momento. Em 2010, foram nove, e a taxa ficou em 3,5%. "Devemos ter mais óbitos neste ano, mas a taxa de letalidade nossa é baixa. E vem em um processo de queda." A taxa de positividade -que é calculada com base no total de notificações e no número de casos confirmados- também é considerada baixa pela diretora. Atualmente, está em 36%. Em 2006, ficou em 49%. "A rede está sensibilizada para fazer a busca ativa de casos. Apesar de termos mais de 150 graves, conseguimos fazer o tratamento." Santa Maria relaciona o aumento na taxa de hospitalização a uma mudança nos critérios de internação com relação ao ano passado. Atualmente, um indicador para internação é o número de plaquetas em 50 mil. Antes, as internações eram indicadas quando o nível de plaquetas do paciente com a doença atingia 100 mil. Texto Anterior: Agrishow: Ministro anuncia chefe de secretaria para irrigação hoje Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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