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Câmara de Ribeirão tem mais CEE que vereador
Existem 22 Comissões Especiais de Estudo abertas para 20 parlamentares
Relatórios deveriam ser entregues em até 120 dias, mas período pode ser renovado sem limite; 13 CEEs não terminaram
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
O número de CEEs (Comissões Especiais de Estudo) abertas ou reabertas neste ano pela
Câmara de Ribeirão já supera o
total de vereadores. Até a última sexta-feira, existiam 22
CEEs em andamento para os
20 parlamentares. Na legislatura anterior, 13 CEEs ficaram
sem conclusão, e cinco não devem mais ser reabertas porque
foram presididas por vereadores que não conseguiram se
reeleger no ano passado.
Em tese, cada um desses grupos de estudo, que discutem temas diversos, como a qualidade
do transporte público ou a aplicação de verbas federais em
obras da prefeitura, deveria
concluir seus trabalhos em 120
dias, apresentando relatórios.
O prazo, no entanto, pode ser
prorrogado indefinidamente, o
que faz com que existam na Câmara 10 CEEs em funcionamento desde a legislatura anterior. Gilberto Abreu (PV), vereador pelo segundo mandato,
pediu a abertura de três comissões neste ano e solicitou a reabertura de outras três -duas
das novas já funcionam. "Tudo
depende do tema que é estudado. Esse é o caso da comissão
que analisa a licitação da destinação e tratamento do lixo doméstico, que não foi concluída.
O município não tem política
de tratamento de lixo, de destinação de entulhos, então a comissão continua", disse Abreu.
Segundo Regina Maria Sitrângulo Brandeburgo, membro do Grupo Ação Pró-Cidadania, ONG (Organização Não
Governamental) que fiscaliza o
trabalho da Câmara de Ribeirão, é importante haver CEEs
"porque elas discutem problemas pelos quais a cidade está
passando". "Mas é preciso que
eles [vereadores] se reúnam.
Houve uma [CEE] criada para
combater doenças transmitidas por animais silvestres que
nunca se reuniu."
A CEE mencionada foi aberta em 2005, sob a presidência
do vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB), reeleito no ano
passado. A comissão está na lista das 13 que nunca tiveram relatório apresentado. A Folha
não conseguiu contatar o vereador na última sexta-feira.
No mesmo grupo de CEEs
inacabadas estão três presididas pelo vereador Walter Gomes (PR), que pediu também a
abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)
neste ano. O alvo é o serviço de
recapeamento asfáltico contratado na gestão anterior. A CPI
ficou inativa por 40 dias, período em que o vereador tirou licença-saúde.
Duas CEEs de Gomes foram
abertas em 2006. Tratavam do
funcionamento das UBDSs
(Unidades Básicas Distritais de
Saúde) e de soluções para a rodoviária de Ribeirão, que naquele período ainda não passava por reforma.
Uma terceira comissão foi
aberta em 2008 para tratar da
vinda de uma escola técnica federal para Ribeirão. Segundo o
próprio vereador, a comissão
relacionada à rodoviária teve
apenas duas reuniões agendadas, nas quais os interessados
- lojistas do terminal- não
apareceram. "Mas a CEE da
Saúde nós reativamos", disse.
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