Ribeirão Preto, Sexta-feira, 05 de Novembro de 2010

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FOCO

Citricultor antecipa o fim da colheita por causa da baixa produtividade

DE RIBEIRÃO PRETO

O citricultor José Osvaldo Junqueira Franco, 65, de Bebedouro, antecipou o fim da colheita de dezembro para outubro por causa da baixa qualidade da laranja colhida na sua propriedade.
"A chuva não veio e a laranja que estava nascendo parou de crescer. Só restaram os frutos pequenos, feios, sem muita polpa e valor para o mercado in natura", disse.
Ele disse que por causa dos frutos pequenos, foi preciso muito mais laranjas para encher uma caixa de 40,8 quilos. "Ou seja, não houve produtividade. Se eu precisava de 200 laranjas para encher uma caixa, agora preciso de 400", afirmou.
Franco, que também é presidente do Sindicato Rural de Bebedouro, tem 60 mil pés de laranja plantados numa área de 140 hectares.
"Toda a minha produção foi vendida para a indústria, que precisa mais do açúcar do que um fruto bem formado", disse o produtor.
Apesar disso, o bom preço da laranja na safra garantiu a cobertura dos custos de produção, disse ele. "Por causa da oferta baixa, o preço se recuperou e conseguimos elevar o valor da caixa."
O citricultor contou que a colheita tardia foi a mais prejudicada com a estiagem.
"As primeiras colheitas, que identificamos como precoce e intermediária, foram as que salvaram do fracasso toda a safra", disse.
Ele afirmou que a tendência de queda na produção afetou todos os citricultores da região e que a safra paulista deve fechar em 250 milhões de caixas de laranja.


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