Ribeirão Preto, Sábado, 05 de Novembro de 2011

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Obra na Fiúsa só resolve a curto prazo, diz secretário

Para Abranche Fuad Abdo, ideal é construir viaduto, orçado em R$ 20 mi

Paga pela Multiplan, obra é contrapartida ao projeto de ampliação do complexo do Ribeirão Shopping

GABRIELA YAMADA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


As obras feitas no cruzamento entre as avenidas Presidente Vargas e João Fiúsa, na zona sul de Ribeirão Preto e inauguradas na manhã de ontem, não resolverão o problema do tráfego intenso de veículos a médio prazo.
A afirmação é do próprio secretário de Obras Públicas da cidade, Abranche Fuad Abdo. Ele admite que o ideal é a construção de um viaduto, orçado em R$ 20 milhões.
"As obras feitas foram pensadas a curto prazo e, principalmente, porque não custaram nada para a prefeitura", afirmou o secretário.
As obras foram bancadas pela Multiplan, administradora do Ribeirão Shopping, ao custo de R$ 550 mil.
Elas fazem parte de um pacote de contrapartida ao projeto de ampliação do complexo do centro de compras.
O secretário afirmou que a partir do ano que vem a prefeitura irá elaborar o projeto do viaduto, sem data para o início da construção.
Para o advogado Adhemar Gomes Padrão Neto, especialista em trânsito e presidente da ABSV (Associação Brasileira para Segurança Veicular e Controle de Emissão), o cruzamento continua sendo considerado o ponto crítico do trânsito de Ribeirão.
De acordo com o especialista, por conta do cruzamento em nível, os pedestres atravessarão no ponto mais crítico e permanecerão entre as avenidas até que ocorra uma nova mudança no semáforo.
"Era preciso estar isolado por gradis de proteção, equipamento que busca canalizar o fluxo de pessoas para um ponto de travessia mais seguro", afirmou.
Ainda segundo ele, geralmente os veículos circulam naquela região em velocidade elevada e seriam necessários radares, barreiras eletrônicas ou lombadas.
"Infelizmente, somando isso com o baixo efetivo de agentes de trânsito de Ribeirão, sou forçado a afirmar que assistiremos a acidentes trágicos no local", disse.
A assessoria de imprensa da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto) foi procurada por telefone e e-mail, mas não respondeu as solicitações feitas pela Folha.


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