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Há 48 anos, 59 estudantes morreram em acidente de ônibus no mesmo local
DA FOLHA RIBEIRÃO
Com a inscrição "Eram 59"
em seu altar, uma capela de
pouco mais de dois metros quadrados, construída por moradores locais à margem do rio
Turvo, relembra o pior acidente rodoviário da história do Estado de São Paulo, em 1960.
Exatamente na mesma ponte
de onde o ônibus de bóias-frias
despencou anteontem, mas há
48 anos, outro veículo caiu e
matou 59 estudantes da Escola
Técnica de Comércio Dom Pedro 2º, hoje conhecido como
Faculdades Dom Pedro, de São
José do Rio Preto.
A "tragédia do rio Turvo", como ficou conhecida, ocorreu
por volta das 19h do dia 24 de
agosto, sobre a ponte, que na
época ainda era de madeira. Até
hoje, em datas próximas do acidente, todos os anos, parentes
da vítimas vão ao local para resgatar suas memórias.
"Marcou muito todo mundo.
A ponte de hoje estava sendo
construída e, no seu lugar, tinha uma improvisada. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu", disse o morador Mauro
Vaz de Lima, 49.
Todos tinham entre 14 e 22
anos e eram meninos. A maioria participava da fanfarra da
escola, que animaria um baile e
também tocaria nas festas da
comemoração do aniversário
de Barretos. As meninas e professores ficaram em um ônibus
que saiu minutos antes do veículo com os rapazes. O acidente
teria acontecido durante tentativa de ultrapassagem.
No dia do acidente, o rio estava cheio, o que impossibilitou
que a maioria dos adolescentes
deixasse o ônibus, que ficou
completamente submerso.
Segundo os moradores da
margem do rio, não é rara a
queda de carros e pessoas da
ponte. "Acontece direto, mas
ninguém fica sabendo", disse o
comerciante José Dias.
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