Ribeirão Preto, Sábado, 05 de Dezembro de 2009

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Novos moradores do complexo constroem até habitações de alvenaria

Edson Silva/Folha Imagem
Vizinha caminha ao fundo de casa de alvenaria em construção há duas semanas na favela

DA FOLHA RIBEIRÃO

Nas favelas do Jardim Aeroporto, existem fileiras de barracos cujos portões trazem um número pintado com tinta cinza: é a garantia de que a família que mora no local foi cadastrada em 2007. Mas, em meio a eles, há também novas construções, mesmo com a ameaça de remoção de todos os barracos.
Ontem, a reportagem esteve na favela e viu uma nova moradia que começou a ser construída há duas semanas. É uma casa de tijolos, ainda pela metade, já com janela.
A dona de casa Vânia Guidetti, 25, faz parte de um outro grupo de novos moradores. Há um ano, quando se mudou para o núcleo, pagou R$ 600 por um terreno.
"Era só mato. Erguemos tudo do chão", disse ela, no barraco feito de madeira. "Tenho medo de ser expulsa daqui porque meu marido ganha muito pouco."
Já a dona de casa Cláudia Maria Rúbia, 39, se instalou na favela há quatro meses. Ela comprou a casa de alvenaria pronta, por R$ 3.600, mas o imóvel não está entre os cadastrados em 2007. "O medo nosso é ter comprado aqui e depois ter de sair com as mãos abanando", disse.
A aposentada Maria do Desterro da Silva, 53, está entre os novos moradores que deram um "jeitinho" no congelamento da favela: comprou uma casa que foi cadastrada em 2007. "A antiga dona falou que assina um documento [atestando] que eu sou a nova moradora. Não sei se vai dar certo, mas não vai dar para ficar no meio da rua."


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