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Novos moradores do complexo constroem até habitações de alvenaria
Edson Silva/Folha Imagem
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Vizinha caminha ao fundo de casa de alvenaria em construção há duas semanas na favela
DA FOLHA RIBEIRÃO
Nas favelas do Jardim Aeroporto, existem fileiras de
barracos cujos portões trazem um número pintado com
tinta cinza: é a garantia de que
a família que mora no local foi
cadastrada em 2007. Mas, em
meio a eles, há também novas
construções, mesmo com a
ameaça de remoção de todos
os barracos.
Ontem, a reportagem esteve na favela e viu uma nova
moradia que começou a ser
construída há duas semanas.
É uma casa de tijolos, ainda
pela metade, já com janela.
A dona de casa Vânia Guidetti, 25, faz parte de um outro grupo de novos moradores. Há um ano, quando se
mudou para o núcleo, pagou
R$ 600 por um terreno.
"Era só mato. Erguemos tudo do chão", disse ela, no barraco feito de madeira. "Tenho
medo de ser expulsa daqui
porque meu marido ganha
muito pouco."
Já a dona de casa Cláudia
Maria Rúbia, 39, se instalou
na favela há quatro meses. Ela
comprou a casa de alvenaria
pronta, por R$ 3.600, mas o
imóvel não está entre os cadastrados em 2007. "O medo
nosso é ter comprado aqui e
depois ter de sair com as
mãos abanando", disse.
A aposentada Maria do
Desterro da Silva, 53, está entre os novos moradores que
deram um "jeitinho" no congelamento da favela: comprou uma casa que foi cadastrada em 2007. "A antiga dona falou que assina um documento [atestando] que eu sou
a nova moradora. Não sei se
vai dar certo, mas não vai dar
para ficar no meio da rua."
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